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Ativistas negros e LGBTQIA+ são eleitos para o Congresso Americano

4 de novembro de 2020

No ano em que a tensão racial se intensificou nos Estados Unidos, conquistas históricas para as comunidades de grupos minorizados se destacam nas eleições

Texto: Victor Lacerda | Edição: Nataly Simões | Imagem: Genaro Molina/LA Times

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Em meio às discussões sobre as posturas arbitrárias do atual presidente republicano Donald Trump quando se trata da questão racial, por exemplo, os estadunidenses elegeram candidatos negros e democratas para o Congresso Americano.

Uma das pessoas eleitas, com 245,520 mil votos, é a enfermeira Cori Bush, que vai representar o primeiro Distrito Congressional do Missouri, localizado na região centro-oeste do país. Aos 44 anos, Cori ficou conhecida por ser uma das primeiras ativistas que promoveram a articulação das manifestações do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e atuar no movimento sem-teto dos EUA.

Com o lema de campanha “I Am the People I Fight For”, traduzido como “Eu Sou o Povo, Eu Luto Por”, a democrata fez algumas publicações via rede social após ser oficialmente eleita. A primeira delas foi dedicada ao Michael Brown, homem negro morto pela polícia, em Ferguson, na periferia de St. Louis, no distrito de Missouri.

“Mike Brown foi assassinado 2.278 dias atrás. Tomamos as ruas por mais de 400 dias em protesto. Hoje, levamos essa luta por Vidas Negras das ruas de Ferguson para os corredores do Congresso. Teremos justiça”, afirmou Cori.

A ativista classifica sua eleição como um marco em sua vida e dos cidadãos que integram seu distrito. “Serei a primeira mulher a representar o primeiro distrito do Missouri em seus 173 anos de história. Vimos um aumento de 74% no número de eleitores mulheres aqui desde 2016. A representação é importante. Um sistema que funciona para todos é importante”, defendeu.

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The First.

Uma publicação compartilhada por Cori Bush (@coribush) em

No que diz respeito a pauta LGBTQIA+, a diversidade em cargos políticos estadunidenses também ganhou notoriedade nas eleições deste ano. Também integrando o partido dos Democratas, o advogado Mondaire Jones e o ativista Ritchie Torres, foram eleitos pelo Estado de Nova York e receberam o título de primeiros congressistas negros assumidamente gays eleitos dos Estados Unidos.

O clima de vitória também abarcou a comunidade não-binária. Mauree Turner entrou para a história política do país como a primeira pessoa não-binária a assumir o cargo de legislador estadual pelo Estado de Oklahoma, na região centro-oeste do país. Ativista pela reforma da justiça criminal, Mauree Turner assume o mandato com apenas 27 anos.

Já nos estados de Delaware e Vermont, respectivamente, as candidatas transsexuais Sarah McBride, de 30 anos, e Taylor Small, de 26, representam a comunidade LGBTQIA+ nos cargos de senadora e deputada. McBride protagoniza o marco de ser a primeira senadora trans do seu estado e a primeira senadora estadual abertamente transexual de todo o país. Já a jovem Taylor Small é a primeira deputada trans do distrito de Vermont, localizado na região chamada de “Nova Inglaterra”.

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