Em 2 de julho de 1925, na cidade de Onalua, no Congo, nasceu o intelectual e líder político Patrice Lumumba que lutou contra a colonização belga e pela independência do país. Em junho de 1960, o povo congolês estava livre graças à sua resistência, organizada especialmente no MNC (Movimento Nacional Congolês).
Lumumba liderou as forças nacionalistas e foi eleito primeiro-ministro do Congo independente da dominação belga. A Bélgica foi responsável por um dos maiores massacres da história, na regência do rei Leopoldo 2º, que autorizou a morte de 15 milhões de pessoas no Congo, além de milhares de mutilações, entre o final do século 19 e começo do século 20.
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Patrice Lumumba escreveu vários livros e artigos em jornais criticando o colonialismo e promovendo a união e a independência dos países africanos. “Sem justiça não há dignidade e sem independência não há homens livres”, diz uma de suas frases célebres.
Em 1959, ele participou com destaque da conferência dos povos africanos, que aconteceu em Gana. Ele também esteve presente em eventos políticos em Bruxelas, na Bélgica, onde denunciou a exploração colonialista nos países africanos.
As investigações sobre as circunstâncias do assassinato de Lumumba ainda estão em curso. Na última década, foram revelados documentos comprovando o envolvimento da Bélgica, da Inglaterra e dos EUA no crime.
O líder do povo congolês foi fuzilado numa emboscada em 17 de janeiro de 1961, numa região do sudoeste do Congo, e seu corpo foi derretido em ácido. A única parte que sobrou foi um dente, supostamente guardado como souvenir por um oficial belga que acompanhou o crime.
Este mês, o governo belga, que assumiu diversas atrocidades durante a colonização do Congo, prometeu devolver o único vestígio dos restos mortais de Lumumba para o país africano.