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Crescimento no número de igrejas em Angola gera denúncias de exploração de fiéis

Pastores exigem dinheiro para financiar a construção de templos e residências pastorais, além de adquirir carros de luxo; itens “abençoados” são vendidos durante as reuniões
Há mais de duas mil igrejas espalhadas por Angola.

Foto: Simão Lelo/DW

14 de agosto de 2024

Em Angola, a expansão de igrejas cristãs está em investigação, pois muitas delas têm sido inauguradas em terrenos e quintais particulares. Segundo informações do jornal DW, há mais de 2 mil igrejas espalhadas pelo país africano, com 80% delas concentradas em Luanda.

Denúncias às autoridades de segurança angolanas apontam que essa proliferação de igrejas está ligada a práticas de exploração por parte de pastores e líderes religiosos, que frequentemente exigem dízimos e ofertas de maneira até mesmo ameaçadora. 

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Em Cabinda, por exemplo, existem pelo menos 68 igrejas oficialmente reconhecidas, além de 11 comissões que aguardam o reconhecimento formal, mas que já possuem credenciais provisórias para iniciar suas atividades religiosas.

Testemunhas relataram ao DW que as igrejas cristãs exigem dinheiro dos fiéis para financiar a construção de templos e residências pastorais, além de adquirir carros de luxo e investir em comunicação social. Durante os cultos, além do tradicional dízimo, cresceu a venda de produtos “abençoados”, como garrafas de azeite, água, lenços e outros itens.

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  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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