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Deslizamento em Papua-Nova Guiné colabora com migrações forçadas no país

Artigo aponta que desastres de grande magnitude podem levar a movimentos populacionais significativos, demonstrando a conexão entre eventos climáticos extremos e vulnerabilidade socioeconômica
A área atingida foi soterrada por até oito metros de profundidade, com destroços de casas, infraestrutura e terras agrícolas.

Foto: Reprodução/OIM

21 de junho de 2024

Um desastre natural de grandes proporções atingiu a Província de Enga, na Papua-Nova Guiné, em 24 de maio, conforme noticiado pela Alma Preta. Um deslizamento de terra devastador, provocado por chuvas intensas, engoliu centenas de casas e infraestruturas, soterrando tudo em seu caminho. As autoridades estimam que cerca de 2 mil vidas podem ter sido perdidas, enterradas sob os escombros do deslizamento.

A área atingida foi soterrada por até oito metros de profundidade, com destroços de casas, infraestrutura e terras agrícolas. Mais de 7.480 pessoas foram impactadas pelo desastre, incluindo aquelas cujas mortes foram confirmadas, as desaparecidas e as 1.650 deslocadas. Muitas dessas pessoas já estavam deslocadas devido a conflitos étnicos em suas regiões.

Devido à dificuldade de acesso à região montanhosa e às limitações de comunicação na Papua-Nova Guiné, incluindo a falta de eletricidade e sinal de celular, ainda não é possível avaliar com precisão a magnitude do desastre. No entanto, este evento já se configura como um dos mais devastadores na história recente da nação.

Consequências sociais

Segundo uma análise do Migramundo, o deslizamento de terra em Papua-Nova Guiné pode ter consequências sociais graves, incluindo a migração forçada de comunidades vulneráveis. Estudos e análises de desastres ambientais semelhantes demonstram que esses eventos tendem a agravar a vulnerabilidade de comunidades já marginalizadas ou em situação de risco.

Os desastres ambientais, como deslizamentos de terra, exacerbam os desafios humanitários e socioeconômicos enfrentados por essas populações. Isso pode levar a uma maior instabilidade social e econômica, tornando as comunidades mais suscetíveis a migrações forçadas.

Além disso, o deslizamento de terra em Papua-Nova Guiné pode ser visto como um catalisador para a migração forçada, impulsionando indivíduos e famílias a buscar refúgio em áreas mais seguras ou em países vizinhos. Esse fenômeno não é único e tem sido documentado em diversas partes do mundo, onde desastres de grande magnitude desencadearam movimentos populacionais significativos.

A relação entre eventos climáticos extremos, deslocamento humano e vulnerabilidade socioeconômica é complexa e interconectada. Segundo o Migramundo, é fundamental entender essa relação para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e resposta a desastres ambientais, protegendo assim as comunidades mais vulneráveis.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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