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Fome extrema em Angola obriga famílias a comer cães e gatos de estimação

Os animais podem ser portadores de leptospirose e raiva, o que complica ainda mais a situação das famílias angolanas, que lidam – além da fome – com as doenças
Autoridades sanitárias se preocupam com a situação.

Foto: Adilson Liapupula

30 de agosto de 2024

De acordo com informações do Centro de Saúde de Malanje, em Angola, devido à fome, as famílias têm se alimentado de seus animais de estimação, como cães e gatos. 

O órgão de saúde pontua que estes dois animais já foram introduzidos na gastronomia angolana devido à extrema pobreza que assola, principalmente, as províncias de Malanje, Cuanza Norte e Uíge.

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No entanto, cães e gatos podem ser portadores de doenças como a leptospirose e a raiva, o que complica ainda mais a situação das famílias angolanas, que lidam – além da fome – com as doenças. 

“Apesar da crise social e econômica, as entidades oficiais desaconselham o consumo da carne de cães e gatos. As autoridades sanitárias locais estão muito preocupadas. As consequências podem ser desastrosas se as famílias continuarem com este novo regime alimentar”, diz o Centro de Saúde de Malanje.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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