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Taxa de homicídios na África do Sul aumenta antes de disputa eleitoral

Segundo estatísticas policiais, o país sul-africano registrou no último ano quase 84 assassinatos diários
O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa presta homenagem no funeral provincial especial de Peter Magubane, um fotojornalista sul-africano que narrou décadas de violência durante a era do apartheid no país, incluindo a revolta estudantil de Soweto em 1976, na Igreja Metodista Bryanston em Bryanston, Joanesburgo, em 10 de janeiro de 2024.

Foto: Phill Magakoe/AFP

16 de fevereiro de 2024

A África do Sul registrou quase 84 assassinatos diários entre outubro e dezembro de 2023, segundo estatísticas policiais divulgadas na última semana. Isso representa um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2022, o que levantou preocupações sobre a segurança pública no país.

Segundo a Agence France-Presse (AFP), os dados divulgados podem gerar embaraços para o Congresso Nacional Africano (ANC), partido que governa a nação há 30 anos, desde o fim do regime do apartheid, especialmente diante das eleições desafiadoras previstas para o final deste ano. A imigração ilegal e a criminalidade se tornaram temas centrais na agenda política, com partidos de oposição apontando o suposto fracasso do governo em lidar com essas questões.

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A África do Sul é conhecida por ter uma das taxas de homicídio per capita mais altas do mundo.. O ministro da Polícia, Bheki Cele, expressou preocupação com os números, afirmando que 7.710 pessoas foram assassinadas no último trimestre de 2023.

Além dos assassinatos, os casos de violação também geram grande preocupação. Embora tenham diminuído ligeiramente em 1,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, ainda persistem como uma grave questão de segurança, especialmente se considerada que a maioria dos crimes ocorre nas residências das vítimas, muitas vezes cometidos por vizinhos, amigos ou até mesmo familiares.

A cidade de Inanda, conhecida como a capital da violação no país, registrou uma diminuição nas acusações durante o trimestre, mas continua a ser um epicentro preocupante da violência sexual.

Embora haja uma leve redução nos casos de roubo de dinheiro em trânsito, os sequestros para obtenção de resgate se tornam cada vez mais comuns, representando uma ameaça ao governo.

“Os raptos para obtenção de resgate tornaram-se um produto lucrativo para o crime organizado na África do Sul”, alertou o ministro, insistindo que a polícia continuará a combater os crimes.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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