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Autora de “Escritos de liberdade” debate obra sobre a história da imprensa negra no Brasil

24 de abril de 2019

Atividade acontece nesta quinta-feira (25), às 19h, no Centro Cultural São Paulo, no centro da capital

Texto / Simone Freire
Imagem / Reprodução

“A história da população de origem africana nesse país não se resume à escravidão, embora a violência racial legitimada a partir dela seja uma marca de nossa formação nacional”. É assim que Ana Flávia Magalhães Pinto, autora de “Escritos de Liberdade: Literatos Negros, Racismo e Cidadania no Brasil Oitocentista”, resume como a principal lição tirada da trajetória dos personagens negros pesquisados em sua obra.

Para falar mais sobre isso, a escritora, juntamente com Rita Sigaud Palmeira, editora da revista Novos Estudos Cebrap, realiza um debate nesta quinta-feira (25), às 19h, no Centro Cultural São Paulo, no centro da capital.

O livro é fruto do doutorado em História defendido no fim de 2014 pela autora, que se dedicou a investigar sobre a trajetória de um conjunto de homens negros, livres e letrados atuantes na imprensa e em outros espaços político-culturais de São Paulo e do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. Sua pesquisa a levou ao reconhecimento de uma dinâmica de relações diretas e indiretas entre vários deles, marcando influências e conexões entre cidades e gerações.

Há sete personagens principais da narrativa do livro: Luiz Gama, Machado de Assis, José Ferreira de Menezes, José do Patrocínio, Arthur Carlos, Ignácio de Araújo Lima e Theophilo Dias de Castro, além de uma série de personagens que que circulavam nos jornais, parlamentos, tribunais, teatros, escolas, faculdades, irmandades religiosas, etc.

“Mais do que figurar como sujeitos isolados, estabeleceram até mesmo vínculos diretos entre si em vários casos, marcando posição nas lutas abolicionistas e em defesa das promessas de cidadania. Quando se fala do 13 de maio de 1888, a tendência é lembrar que o Brasil foi o último país a abolir a escravidão e que isso explicaria o fato de a comunidade negra ser maioria entre os pobres. Acontece que, desde o início do século XIX, o país respondia pela maior população negra livre e liberta das Américas. Por que sabemos tão pouco sobre essas pessoas? O livro, então, nos ajuda a ter elementos para dar algumas respostas”, explica.

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