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Coletivo pernambucano arrecada fundos para produção de álbum visual na comunidade do Bode

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3 de fevereiro de 2021

Intitulado “Barbarize – SobreVivências Periféricas”, o projeto reúne 6 faixas com videoclipes na estética afrofuturista, que tem a Comunidade do Bode, no Recife, como cenário; Uma campanha virtual foi lançada para ajudar nos custos da produção

Texto: Victor Lacerda / Edição: Lenne Ferreira / Imagem: Divulgação

Reunindo diversas linguagens artísticas, como a música, dança, teatro, com mensagens que reforçam o pertencimento e valorização ao povo preto e periférico, o coletivo pernambucano “Barbarize”, criado em 2018, pretende lançar um novo projeto este ano. “Barbarize – SobreVivências Periféricas” é o nome do projeto que prevê a produção de seis faixas com videoclipes, em álbum visual que promove uma estética afrofuturista e ainda valoriza a identidade da comunidade do Bode, Zona Sul do capital pernambucana.  

Idealizada por Yuri Lumin, 24 anos, estudante de licenciatura em dança na UFPE e Barbara Espíndola, também de 24, conhecida como Barbarize, estudante de licenciatura em teatro na UFPE, a ação tem como objetivo mostrar o poder da periferia e como este espaço tem a sua importância para o funcionamento do país, mesmo em uma pandemia, compreendendo que grande parte dos trabalhadores dos serviços básicos e da linha de frente é originária de comunidades como a do Bode. 

“Os videoclipes contam com uma pluralidade na linguagem artística audiovisual, como performances, teatros, coregrafias babadeiras e produção de painéis de grafitti produzidos por artistas da comunidade, do Coletivo Pão e Tinta. Toda a equipe envolvida está reunindo esforços para produzir um trabalho massa e diferente para enaltecer o povo preto”, revela Barbarize. 

Em uma abordagem inovadora na escolha do processo de criação e execução artística, uma das origens musicais principais do projeto está no movimento “afrotrap”, fruto da imigração Africana para a Europa e a posterior mescla com as produções de rap e hip-hop europeu com a musicalidade tradicional africana. Para além disso, o funk brasileiro e sua representação para visibilidade da negritude e periferia na cena musical nacional, também será valorizado. 

Em produção, as filmagens estão sendo gravadas na Comunidade do Bode, no Bairro do Pina, onde mora grande parte da equipe envolvida. Becos, vielas, palafitas, sede de projetos sociais da comunidade do Bode (Livroteca Brincante do Pina e Coletivo Pão e Tinta) e até mesmo um mangue do Pina foram utilizados como locações. O projeto ainda viabiliza a inserção de profissionais negros da arte, ocupando cargos de figurino, captação audiovisual, gestão de recursos, produção, cenografia e mais.

A ação ainda conta com o apoio do Coletivo Pão e Tinta, coletivo de artistas periféricos da Comunidade do Bode existente há 10 anos, que realiza ações afirmativas de valorização e difusão artística, inserindo a arte dentro da comunidade, revitalizando os espaços públicos, prevenindo a violência e o consumo abusivo das drogas e traçando ações que almejam reduzir o número de adolescentes, jovens e adultos envolvidos com a criminalidade. 

“Mesmo com todo esse esforço coletivo, produções audiovisuais tem um custo muito alto, por isso, estamos precisando de apoio para darmos continuidade a realização desse sonho”, acrescenta Bárbara. 

Para realização, o projeto contou com incentivo da Lei Aldir Blanc, através do Governo de Pernambuco, mas para o término da execução e finalização visual, ainda precisa arrecadar fundos como explica o texto da campanha de financiamento criada para incrementar o orçamento. O link pode ser acessado aqui

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