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Espetáculo de dança sobre negritude no contexto urbano estreia em Minas Gerais

4 de dezembro de 2018

“Refém Solar” fala também sobre a hiperssexualização do corpo da mulher negra. Temporada será de 6 a 9 de dezembro no Galpão Cine Horto

Texto / Divulgação
Imagem / Pablo Bernardo

De 6 a 9 de dezembro, Elisa Nunes estreia o espetáculo Refém Solar em curta temporada no Sala Solo do Galpão Cine Horto, localizado na rua Pitangui, 3613, Horto, Belo Horizonte, Minas Gerais. As apresentações serão na quinta, sexta e sábado às 21 horas e no domingo às 19 horas. Os ingressos podem ser comprados na bilheteria do espaço, uma hora antes da programação, por R$ 20 e R$ 10. A indicação etária é 16 anos.

Com a pesquisa iniciada em 2016, durante disciplina do curso de Dança da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Elisa Nunes traz elementos de sua formação na academia que é fortemente carregada de referências eurocêntricas junto com suas vivências como dançarina para uma dramaturgia atravessada pelos conceitos de feminismo negro e racismo estrutural.

Elisa integra a Cia Espaço Preto, o primeiro grupo de teatro negro que surge no contexto da UFMG. A pesquisa do grupo é pautada pelo conceito de escrevivências, trazido por Conceição Evaristo, e traz para o palco as diversas vivências dentro das multiplicidades de negritudes.

Sobre Refém Solar

“A dança e as narrativas construídas em Refém Solar vêm como forma de ressignificação de experiências vividas como dançarina em contraste com o que o conhecimento trazido pela academia pode restringir ou mesmo potencializar”, diz Elisa, que iniciou sua formação com a danças de salão, sobretudo o samba, passando também pelo ballet clássico, danças urbanas, dança contemporânea e danças populares brasileiras.

O espetáculo nasce como uma cena curta permeada pela experiência da negritude no contexto urbano e a condição de erotização e objetificação da mulher negra de pele clara.

A crítica e pesquisadora de teatro Soraya Martins escreveu para o festival Cenas Curtas sobre a cena Refém Solar: “Um corpo de mulher preta. Corpo refém de si mesmo lido nos telões e televisões e carnavais. Corpo, literalmente, coberto com o brilho que a sociedade quer/permite/aceita, porque se não for assim, é corpo Cláudia Silva Ferreira coberto com poeira do asfalto. Fragmentos de músicas, textos e vozes compõem o solo de Elisa Nunes que traz pontualmente a palavra falada para expor, e não deixar dúvidas, a ferida aberta do nosso passado escravocrata que não passa, e dessa exposição expurgar o brilho.”

Sobre Elisa Nunes

Natural de Belo Horizonte, Elisa cursa Licenciatura em Dança na UFMG e atua no campo das artes desde 2008, sendo arte-educadora, dançarina, atriz e pesquisadora. Em sua formação destacam-se a participação Grupo Experimental de Dança da ONG Corpo Cidadão, Grupo Cultura do Gueto – FORCE, Grupo Sarandeiros, com o qual viajou em duas turnês internacionais, pelo Canadá, Caribe e Europa. Tem como campo de interesse de pesquisa o encontro de um movimento autoral que surja da vivência corporal do dançarino. Elisa também integra o movimento segundaPRETA e o projeto EnegreSer.

Ficha Técnica

Intérprete e Diretora: Elisa Nunes
Produção, Iluminação e provocação cênica: Rainy Campos
Maquiagem e provocação cênica: Morgana Rodriguez
Trilha Sonora: Samantha Rennó
Assessoria de Imprensa: Alessandra Brito

Serviço

Espetáculo Refém Solar
Temporada: 6 a 9 de dezembro
Dias e horários: Quinta, sexta e sábado as 21h e domingo as 19h
Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00
Lotação da sala: 25 pessoas
Classificação: 16 anos
Duração: 40 minutos

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