Os autores Júlio Dias e Plinio Camillo trabalharam como educadores de rua na década de 90 na Secretária do Menor do Estado de São Paulo
Texto / Divulgação
Imagem / Rosa Rovena/Agência Brasil
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Os autores Júlio Dias e Plinio Camillo, juntamente com a Editora Kazuá, convidam a todos para o lançamento desta coletânea de contos ficcionais que que abordam as relações de adolescentes em especial dificuldade na rua. Estes são tratados pelo ponto de vista de dois educadores de rua que atuaram na década de 90 na Secretária do Menor do Estado de São Paulo.
O evento ocorre no sábado, 3 de Março, das 16h às 20h, no Espaço Kazuá, Rua Ana Cintra, 25. O valor da obra é de R$ 35,00.
Esse livro não é da lavra de dois escritores que foram educadores de rua. Entendendo, como escreveu Mário Mendes Raucci, que “o educador de rua desempenha a delicada tarefa de orientar as crianças e os jovens em situação de rua, tornando-lhes acessíveis os recursos da comunidade. Nessa lida, o muito que tem de dar de sí, ou o que não tem condições de oferecer ou obter, acentua o seu comprometimento com o produto de seu trabalho.”
Sobre os autores
Júlio Gonçalves Dias
Sociólogo, autor de contos, microcontos e haicais. Está para começar ou já começou o quinto capítulo de um romance. Acredita que coisas marcantes de sua infância passada no interior de São Paulo foram o quintal de casa – enorme e cheio de árvores – e as caminhadas sozinho ou com os moleques pela pequena Novo Horizonte – quando descobriu o Circo e os acampamentos ciganos. Tinha tesouros guardados sob a cama: moedas antigas do pai, marcas de cigarros, figurinhas, piões, um chefe índio apache, estilingues e um canivetinho que a avó pensava perdido. Fingia ler grandes histórias nas bulas dos remédios e era muito orgulhoso de ir ao cinema sozinho. Um dia achou muito dinheiro na rua e começou a distribuir para todos dentro de casa. Descobriram que aquele dinheiro havia saído da bolsa de sua mãe. Ficou triste, pois sua história era muito melhor.
Plinio Camilo
Autor nascido em Ribeirão Preto residindo em São Paulo desde 1984 e encontra inspiração e respiração nas vivencias do cotidiano para cometer os seus escritos. Atento ao que lê, escuta e às distintas formas de ver o mundo. “Escrever para mim não é um ato mediúnico e sim de muita transpiração”. Encontra referências também na dramaturgia e na tradição teatral, onde reúne uma vasta experiência. Participou do Curso de Extensão Cultural na área de teatro da Unicamp e atuou como autor, diretor, ator, iluminador e assistente de produção nesta área.