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Veja agenda de dezembro de Motumbá: Memórias e Existências

2 de dezembro de 2016

Texto: Divulgação / Edição de Imagem: Pedro Borges

Show de Preta Rara, apresentação da banda Bongar ao lado de Leci Brandão, dramaturgia e oficina de dança gratuita são alguns dos destaques que a mostra do Sesc Belenzinho preparou para o último mês do ano

Desde novembro, quando amostra Motumbá: Memórias e Existências Negras começou, sua curadoria reúne no Sesc Belenzinho nomes que refletem parte da riqueza e da variedade da produção artística e cultural de matrizes africanas e periféricas. Em dezembro não será diferente. O mês começa com peças de teatro, continua com música de qualidade e termina com atrações de literatura infanto-juvenil.

Dentro da programação teatral, O Coletivo Negro traz Ida (3 e 4/12), um experimento cênico que coloca em cena as inquietações, conquistas e perdas da mulher negra. No elenco, nomes femininos em destaque na cena paulistana, como o da cineasta Renata Matins e o da atriz-MC e diretora musical Dani Nega. O mesmo coletivo apresenta também Movimento número 1: O Silêncio Depois (16 a 18/12), que mostra personagens vítimas de um violento etnocídio. Já a peça (9 a 11/12) conta a história de quatro vidas em busca de afeto dentro de um conjunto habitacional.

A seleção musical tem presenças importantes para a cena musical e o ativismo negro. Uma delas é a Preta Rara (10/12), com suas rimas sobre empoderamento feminino, racismo, relacionamentos amorosos e, ainda, história do Brasil.Sobem ao palco também os pernambucanos da banda Bongar(17/12), com participação de Leci Brandão, para apresentar um misto de canto, percussão e outros instrumentos que fazem parte da tradicional festa do Coco.

PretaRaraBaixa

E mais: a agenda de dança apresenta programação gratuita: Oficina de Dança de Expressão Negra com Edileusa Santos (3 a 7/12). Os participantes aprenderão a se conectar com o ritmo da percussão, associado à independência de cada parte do corpo e sua relação com o Orixá. As inscrições serão recebidas até o dia 29 de novembro e comporta no máximo 20 participantes (mais informações na programação abaixo).

Dentro do recorte da mostra, as ações de literatura colocam as narrativas orais em foco, dando a palavra aos grandes mestres e à poesia. É o caso de Encontro de Partilhas: Histórias, Livros e Jogos (3/12 a 28/02), focados nas culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras e voltados para o público infantil. Acontece também a intervenção O Cochicho da Iracema (4, 10 e 18/12), baseada nas poesias de Mia Couto. A contação de história Quizumba (4 e 11/12) mistura roda de capoeira, teatro e, com uma narrativa única, mostra a infância de Zumbi dos Palmares intercalada com a de um menino que aprende a se defender ea enfrentar o mundo.

A programação da mostra Motumbá ocupa diversos espaços abertos e fechados do Sesc Belenzinho e segue até março de 2017. Confira abaixo os detalhes de cada atração do mês.

Programação de dezembro na mostra Motumbá – Memórias e Existências Negras:

Teatro

Ida

Dias 3 e 4 de dezembro de 2016, sábado, às 21h30, e domingo, às 18h30

O Coletivo Negro estreia seu novo experimento cênico, que nasce de uma proposta da atriz Aysha Nascimento de trazer à cena as inquietações, conquistas e perdas da mulher negra contemporânea. Para isso, a artista chamou Flávio Rodrigues, também do Coletivo Negro, para dirigir o experimento e uma equipe de mulheres que vem marcando a cena paulistana com seus trabalhos e discursos: a cineasta Renata Martins (Empoderadas), a bailarina Verônica Santos, a cenógrafa e artista gráfica Nina Vieira (Manifesto Crespo), a atriz e figurinista Débora Marçal (Cia Capulanas de Artes Negras/Preta Rainha), a atriz-MC e diretora musical Dani Nega, a fotógrafa e iluminadora Dani Meirelles; as musicistas Fefê Camilo e Ana Goes, e a jornalista e atriz Maitê Freitas, que aqui assina a assistência de processo.Em cena a atriz paulista Aysha Nascimento e a bailarina mineira Verônica Santos dão vida à Ida: mulher e jovem que, a partir da construção de um projeto arquitetônico ousado, traça pontos e contrapontos com a possibilidade de reconstrução da humanidade das mulheres negras. Em sua narrativa, Ida se lembra dos momentos de invisibilidade que viveu no período em que cursou a universidade. Ao passo em que se questiona, Ida reconstrói sua identidade e religa-se às suas raízes ancestrais.

Local: Sala de Espetáculos
Duração: 80min
Ingressos: R$ 20,00 /10,00/6,00
Não recomendado para menores de 16 anos

Dias 9 a 11 de dezembro, sexta e sábado, às 21h30, e domingo, às 18h30
Um conjunto habitacional e quatro vidas de parede-e-meia: uma mulher com uma criança no ventre; um pai que deseja retornar a vida familiar; um filho que busca se construir, bem como sua identidade e caminho; e um médico que retorna ao local onde se criou para reencontrar o seu passado e origem. Quatro histórias que buscam preservar-criar um sentido pessoal e coletivo de celebração e busca do afeto.Atores-criadores: Flávio Rodrigues, Jé Oliveira, Jefferson Matias e Thaís Dias. Direção: Raphael Garcia. Assistência de direção: Aysha Nascimento. Dramaturgia: Jé Oliveira Provocação dramatúrgica: Grace Passô. Música ao vivo: Cássio Martins / Melvin Santhana e Fernando Alabê. Direção Musical: Fernando Alabê.

Local: Sala de Espetáculos
Duração: 90 minutos.
Ingressos: R$ 20,00 /10,00/6,00
Não recomendado para menores de 16 anos

Movimento número 1: O silêncio de depois…

Dias 16 a 18 de dezembro de 2016, sexta e sábado, às 21h30, e domingo, às 18h30
O Coletivo Negro mostra quatro personagens desterrados que, após uma desocupação violenta para a construção de uma linha férrea, encontram-se no lugar onde moravam.

Por meio de narrativas, buscam, coletivamente, refletir acerca do etnocídio acontecido, bem como enterrar os seus mortos que faleceram, mas nunca chegaram a morrer. A inspiração surgiu da necessidade de aprofundar as relações entre as narrativas pessoais e o modo como representam e refletem a história social, sobretudo acerca das consequências da diáspora África-Brasil. O trabalho baseou-se nas fotografias de família, cartas, poemas, receitas de vó, simpatias, estudos sobre o teatro experimental do negro, leituras de autores africanos como Luis Bernardo Honwana e Mia Couto, Pierre Claster, Walter Benjamin, entre outros, e viagens a comunidades quilombolas.

Local: Sala de Espetáculos
Duração: 80 minutos.
Ingressos: R$ 20,00 /10,00/6,00
Não recomendado para menores de 16 anos

Dança

Oficina de Dança de Expressão Negra

Com Edileusa Santos
Do dia 3 a 7 de dezembro, sábado à quarta, das 15h às 17h

Um novo olhar para o tambor, buscar novas possibilidades de diálogo. Percebê-lo por meio dos cincos sentidos. A oficina terá ênfase na conexão do corpo com o ritmo de percussão, associado à independência de cada parte do corpo e sua relação com o Orixá. Partindo do princípio que no Tambor está o estímulo da construção para a organização de movimento no corpo. O som do instrumento permeia todo o processo da aula, não existe certo ou errado, o que existe é a possibilidade de uma nova relação, uma nova percepção com o tambor. A metodologia atua onde a teoria e a prática caminham juntas. Portanto a oficina terá dois momentos:

1º leitura do artigo Dança de Expressão Negra – Um Novo Olhar sobre o Tambor.
2º aula prática de dança negra.
Inscrições: até o dia 29 de novembro, por meio de envio de currículo resumido para
[email protected]
Os candidatos selecionados serão avisados por e-mail até 01/12
20 vagas
Local: Sala de Espetáculos II
Grátis
Não recomendado para menores de 16 anos

Literatura

[Mediação de leitura] Encontro de Partilhas: Histórias, Livros e Jogos
Encontros voltados para o público infantil e seus responsáveis, que se caracterizam pela partilha de narrativas e jogos relativas às culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras, com mediação de leitura de livros dentro dessas temáticas.

Coletivo Cafuzas. Local: Biblioteca. Restrição: Livre. Valor: Grátis. De 03/12 a 28/02, às 14h (sábados, domingos e feriados)

[Intervenção] O Cochicho da Iracema
Baseados nas poesias de Mia Couto, Iracema, uma senhora de 90 anos, irá conversar e declamar essas poesias para o público, apresentando o universo descrito pelo autor. Com Coletivo de Ventiladores.
Convivência. Livre. Grátis. Dias 4,10 e 18/12, às 11h (sábados e domingos)

Contação de histórias

Quizumba!
Com Coletivo Quizumba
Dias 4 e 11/12. Domingo, às 16h – No dia 4 de dezembro o espetáculo terá descrição em linguagem de sinais (libras)
Em Quizumba! duas histórias se entrelaçam: a do menino Pastinha e a do menino Francisco. Pastinha é um garoto baiano do começo do século XX que vê sua passagem por uma determinada rua impedida por outro rapaz, que sempre acaba batendo nele. Um dia, vendo a cena por uma janela, o velho mestre Benedito convida o menino a aprender um jeito de se defender. Durante o aprendizado, ensinando-o a equilibrar covardia e valentia, mestre Benedito conta a história de Francisco, o Zumbi dos Palmares.Envolvendo outras vozes, a trajetória deste menino é apresentada, misturando história e ficção, desde seu sequestro, quando criança, do Quilombo dos Palmares, passando pela sua adoção por um padre e seu espírito de busca que o faz procurar sua origem. Assim, Pastinha vai ouvindo e contestando, criando sua própria história.

Local: Convivência
Duração: 60 minutos
Ingressos: Grátis

Música

Preta Rara

Dia 10 de Dezembro,sábado, às 21h
Nascida e criada em Santos, litoral de São Paulo, Preta Rara montou aos 20 anos o grupo Tarja Preta, parceria que durou até 2013, quando resolveu seguir carreira solo. Seu primeiro disco, Audácia, foi lançado em outubro de 2015.Além de cantar, Preta também é militante, turbanista, dona de uma marca de roupas e professora de história. Idealizou o projeto “Eu Empregada Doméstica”, página no Facebook que recebeu mais de 100 mil likes em uma semana e mais de cinco mil relatos de mulheres que sofreram abusos em seus trabalhos como empregadas domésticas.
Suas rimas falam sobre empoderamento feminino, racismo, questões do cotidiano, relacionamentos amorosos e, de quebra, sobre história do Brasil.Com Preta Rara (voz e poesia), DJ Kiko, Sandro Bueno (percussão), Cássio Santos (trompete) e Jaque Fernandes (voz).

Local: Teatro
Duração: 1h30
Ingressos: R$ 20,00 /10,00/6,00
Não recomendado para menores de 12 anos

Bongar

Participação LECI BRANDÃO
Dia 17 de Dezembro, sábado, às 21h30

O Bongar é composto por seis jovens integrantes do terreiro Xambá, do Quilombo do Portão do Gelo, em Olinda. Tem como propósito levar aos palcos a tradicional Festa do Coco da Xambá, realizada na comunidade há mais de 40 anos. O Bongar tem um trabalho voltado para a preservação e divulgação da cultura pernambucana e a formação musical de seus integrantes tem origem no universo popular, especificamente da comunidade religiosa Xambá. Sua forte musicalidade, advinda de diversas influências musicais vivenciadas nos cultos afro-brasileiros, principalmente da linhagem Xambá, é herança deixada desde a infância aos integrantes do Bongar. Os mais velhos ensinaram os toques, as loas e as danças durante as festas da Casa Xambá.

Local: Comedoria
Duração: 1h30
Ingressos: R$ 20,00 /10,00/6,00
Não recomendado para menores de 18 anos

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