Olimpíadas 2024

Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Movimento antirracista realiza 15ª Marcha da Consciência Negra no dia 20

14 de novembro de 2018

Militantes vão às ruas para lutar contra o fascismo e o pelo fim do genocídio da população negra. Concentração será na Avenida Paulista, centro da capital paulista

Texto / Aline Bernardes

Imagem / Reprodução

Um projeto de resistência contra o fascismo, pelo fim do genocídio e um pedido por liberdade religiosa são as principais reivindicações da 15º Marcha da Consciência Negra, que acontece na próxima terça-feira, dia 20 de novembro. A concentração será a partir das 13h, no vão livre do MASP, na Avenida Paulista.

A advogada e uma das organizadoras da Marcha pelo coletivo Afronte, Paula Nunes (25), diz que esse dia é especial por lembrar das lideranças negras que morreram na luta pela liberdade, como Zumbi e Dandara, e as contemporâneas que morreram por lutar pela vida digna da população negra na sociedade atual, como Marielle Franco e Mestre Moa.

“Este ano é esperado que seja uma grande mobilização em memória do nosso povo, mas não só. Esse é o primeiro 20 de novembro pós-eleição de um presidente abertamente racista que prega o nosso extermínio” diz. Para ela, essa marcha é uma aliança da luta antifascista com a luta antirracista.

Este ano completou-se 130 anos da abolição da escravatura no Brasil. Ao ser perguntada pelo Alma Preta como essa data traz um caráter ainda mais simbólico a marcha, a advogada explicou que diante da atual conjuntura é possível escancarar a falsa abolição.

“Os negros vivem as piores condições sociais, os piores índices socioeconômicos, de saúde, moradia e se antes o chicote estalava sobre nós, hoje as grades do cárcere e a bala da polícia nos atinge”, explica.

Para ela não existiu abolição plena da escravidão e reparação pelos anos de exploração.

“Nós temos pouco o que celebrar, esse momento precisa ser de luta. Lutar para não perder os direitos conquistados e o nosso povo para o cárcere ou a bala da PM. Precisamos resistir contra esse governo que não é só um projeto da burguesia contra nós, mas o recrudescimento dessa violência, um projeto que quer legalizar o nosso extermínio e é por isso que a palavra da marcha é resistência”, finaliza.

Leia Mais

Quer receber nossa newsletter?

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano