Programação de novembro conta também com contação de histórias, oficina de bonecas Abayomis e confecção de tambores
Texto / Thalyta Martins
Imagem / Reprodução Marcelo D’Salete
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A novidade deste mês é a abertura da Exposição Marcelo D’Salete no dia 20. A mostra apresenta trabalhos do ilustrador e autor de histórias em quadrinhos Marcelo D’Salete., brasileiro vencedor do Eisner, a maior premiação do universo dos quadrinhos, em 2018. A exposição contará com trabalhos do artista, entre eles Angola Janga (Pequena Angola), seu livro mais recente, que aborda os antigos mocambos da Serra da Barriga, mais conhecidos como Palmares.
As outras que podem ser conferidas pelo público são:
Exposição de Longa Duração
A exposição de Longa Duração pretende contar uma outra história brasileira. (…) tem a intenção de desconstruir um imaginário da população negra, construído fundamentalmente pela ótica da inferioridade ao longo da nossa história e transformá-lo em um imaginário estabelecido no prestígio, na igualdade e no pertencimento, reafirmando assim o respeito por uma população matriz de nossa brasilidade.
Design e Tecnologia no tempo da Escravidão
A mostra apresenta mais de 400 peças do acervo do museu, entre objetos de uso doméstico e ferramentas para ofícios rurais e urbanos, que contextualizam o conhecimento aplicado na produção de objetos e utensílios dos séculos XVIII e XIX.
Um Deoscóredes – 100 anos do Alapini Deoscóredes Maximiliano dos Santos
A exposição é uma homenagem ao centenário de nascimento de Mestre Didi (1917-2013), Alapini do Ilê Asipa e filho de Mãe Senhora (1890-1967) – iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá.
África Contemporânea
A exposição apresenta trabalhos de artistas contemporâneos de diversos países africanos, criadores conhecidos por exporem as próprias feridas e acumulações por meio de pinturas, esculturas, instalações, desenhos e colagens.
África e a Volta dos Espíritos
A mostra África e a Presença dos Espíritos reúne esculturas, máscaras, asens e moedas produzidas em cobre, madeira, tecido, miçangas e fibra vegetal dos tradicionais povos africanos Guro, Fon, Senufo, Iorubá, entre outras etnias.
Isso é coisa de Preto: 130 anos da Abolição da Escravidão
Nos 130 anos da abolição da escravidão (1888), o Museu Afro Brasil ressalta a competência, o talento e a resistência negra que evidenciam e valorizam a fundamental contribuição africana e afro-brasileira na construção do país.
Hiorlando – até 25 de novembro de 2018
A exposição apresenta peças esculpidas em madeira, bichos da água, do seco e do imaginário. O artista foi descoberto em Água Doce do Maranhão, pelos pesquisadores do Mapearte, projeto que localiza e registra os artesãos em atividade no Maranhão.
Afetos – até 25 de Novembro de 2018
A exposição traz um panorama do trabalho do fotógrafo paulistano estabelecido no Maranhão há mais de 40 anos. São fotografias que passeiam por temas como o patrimônio cultural, os navegantes e as celebrações do povo maranhense.
Atividades educativas
Aos domingos o Museu recebe visitas de grupos espontâneos a partir das 14h. Elas terão como foco temas relativos aos núcleos que compõem a exposição de longa duração e que abordam a História, Memória e Arte dos brasileiros a partir da perspectiva afro-brasileira. São gratuitas e abertas para todas as idades. Os grupos precisam reunir no mínimo 5 pessoas e, no máximo, 20 pessoas. Para participar, é necessário chegar com 15 minutos de antecedência ao horário programado e procurar o setor de acolhimento. O valor do ingresso aos domingos é de R$6.
Confira outras atividades:
Oficina Especial Ngoma – 17 de novembro, às 11h00
Após uma breve visita pela exposição de longa duração do Museu Afro Brasil, os participantes aprenderão a confeccionar tambores com materiais de fácil manipulação (cano PVC, fita adesiva e recortes de revistas). No final da atividade os visitantes serão desafiados a experimentar as potencialidades desse instrumento tendo em vista a musicalidade dos tambores africanos e afro-brasileiros.
A atividade é gratuita e aberta para todos os públicos. Tem duração de duas horas e é necessária inscrição prévia.
Oficina Abayomi – 17 de novembro, às 15h00
Durante a oficina os participantes serão convidados a construir bonecas Abayomis e conhecer sua história. No decorrer da vivência serão propostas reflexões sobre a identidade afro-brasileira, racismo e preconceito e herança cultural a partir da experiência estética criativa a lúdica da construção de bonecas.
A atividade é gratuita e aberta para todos os públicos. Tem duração de duas horas e é necessária inscrição prévia.
Aos Pés do Baobá – 24 de novembro, às 11h00
Durante este evento de contação de histórias ou mediação de leitura, os visitantes terão oportunidade de conhecer narrativas africanas ou afro-brasileiras e, em seguida, participar de um bate-papo conduzido por integrantes do Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil.
A atividade é gratuita e aberta para todos os públicos. Tem duração de uma hora e é necessária inscrição prévia.
Oficina Bingana – 24 de novembro, às 15h00
Essa oficina tem como matéria-prima a palavra. Os participantes são convidados a conhecer, aprender, brincar e refletir sobre provérbios apresentados em três línguas: português, quicongo e lingala (línguas faladas na República Democrática do Congo).
A atividade é gratuita e aberta para todos os públicos. Tem duração de uma hora e é necessária inscrição prévia.
Visita Temática “Abolição 130 anos depois – especial Consciência Negra” – 25 de novembro, às 14h00
Brasil, 1888: a instituição da escravidão – que perdurara por longos três séculos – era oficialmente extinta no Brasil com uma lei de apenas meia página. Quase quatrocentos anos de vigência de um sistema de exploração do trabalho e de violência sem precedentes e tudo o que a letra da lei ofereceu foram algumas linhas e um silêncio que se arrasta até a atualidade. Esta visita temática retoma a discussão central da formação brasileira, destacando momentos decisivos do processo abolicionista. A exposição de longa duração do Museu Afro Brasil será revisitada a fim de evidenciar a ação e o protagonismo da população negra na luta pela liberdade, e suas respostas sociais, culturais e políticas pela conquista da cidadania plena no pós-abolição.
A atividade é gratuita e aberta para todos os públicos. Tem duração de duas horas e é necessária inscrição prévia pelo site.
O funcionamento do museu é de terça-feira a domingo, das 10 às 17hs, com permanência até às 18hs.
Entrada Inteira: R$ 6,00 – Meia Entrada: R$ 3,00 – Grátis aos sábados. Para agendar visita mediada pelos educadores do Núcleo de Educação acesse: http://www.museuafrobrasil.org.br/visite/planeje-sua-visita/agendamento-de-visita
Inscrições de eventos do Núcleo de Educação: [email protected] / Telefone: 3320-8900 ramal 8921.