Atividade ocorre no Quilombaque, espaço político e cultural do bairro de Perus, Zona Norte. Diálogos como esse acontecerão em todas as regiões da cidade de São Paulo.
Texto / Pedro Borges
Imagem / Quilombaque
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A Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio organiza o primeiro encontro na periferia de São Paulo, no bairro de Perus, Zona Norte, no centro cultural e político Quilombaque. Os diálogos acontecem das 10h às 16h e tem como objetivo pensar, junto aos movimentos sociais da região, estratégias e formas de combater a violência praticada pelo Estado contra jovens negros.
Cleiton Ferreira, produtor cultural e integrante do Quilombaque, acredita que a Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio é mais uma estratégia para o enfrentamento da violência contra a população negra e periférica.
“Uma rede composta por uma série de coletivos que lute por direitos da nossa população através de diversas linguagens fortalece o nosso movimento, o nosso povo. É um defendendo o outro. É nois por nois”, conta Cleiton Ferreira.
No encontro, os “Queixadas”, antigos trabalhadores da fábrica de cimento de Perus, responsáveis por uma greve de 7 anos durante a década de 1960, participarão dos diálogos. Os “Queixadas”, nome que referencia uma espécie de porco do mato que se defende de maneira conjunta, se inspiraram nas técnicas de luta de Mahatma Gandhi e Martin Luther King Jr.
Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio
A organização é resultado do I Seminário Internacional Juventudes e Vulnerabilidades: Homicídios, Encarceramento e Preconceitos, que ocorreu entre os dias 7 e 9 de Maio, na Faculdade de Direito da USP no Largo São Francisco, e na escola de samba Combinados de Sapopemba, Zona Leste da cidade.
Ativistas e intelectuais de diferentes regiões do país participaram do evento afim de refletir e aperfeiçoar as táticas de resistência organizadas nas periferias das grandes cidades no combate à violência de Estado.
Depois do encontro no dia 9 de Maio, em Sapopemba, ficou definido que diálogos nas diferentes regiões da cidade aconteceriam como forma de mobilizar os movimentos sociais. O primeiro momento de articulação ocorre no dia 5 de Agosto, sábado, em Perus, e o segundo no dia 19 de Agosto, no Campo Limo, das 14h às 19h.