Jaqueline Conceição, articuladora do Coletivo Di Jejê, arrecada fundos para apresentar a pesquisa “Formação, individuação e negritude no pensamento de Angela Davis”, em Toronto, no Canadá.
Texto / Vinicius Martins
Imagem / Reprodução
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Neste mês, a York University, localizada em Toronto, no Canadá, recebe o Congresso Internacional de Teoria Crítica. O evento promovido pela Internacional Hebert Marcuse Society durante os dias 26, 27 e 28 de outubro, pretende discutir dialéticas de libertação na era do neoliberalismo.
No Brasil, a pesquisadora Jaqueline Conceição, idealizadora do Coletivo Di Jejê, foi uma das selecionadas para apresentar trabalhos no evento. Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário São Camilo e mestre em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pesquisa a partir da Teoria Crítica da Sociedade, as contribuições de Herbert Marcuse, Theodor Adorno e Angela Davis.
Ela pretende expor um artigo sobre as contribuições de Angela Davis, militante histórica e intelectual norte-americana, para a análise da condição do indivíduo negro brasileiro. No entanto, sua ida para o Canadá ainda está pendente.
Para participar do congresso na York University, Jaqueline iniciou uma campanha de arrecadação coletiva que cubra parte dos custos de viagem. O trabalho sobre o pensamento de Angela Davis será o único a discutir o componente racial, de classe e de gênero nas apresentações de trabalhos do evento.
“Dentre os pesquisadores brasileiros participantes, sou a única negra. Do ponto de vista das questões políticas em nosso país e do genocídio em curso contra a população negra, meu artigo também é uma denúncia sobre a barbárie e o racismo no Brasil”, afirma a pesquisadora.
Não será a primeira vez que Jaqueline sairá do país para apresentar um trabalho. Em 2014, ela expôs um artigo sobre funk e a cultura afirmativa a partir do pensamento de Herbert Marcuse, na Universidade de Columbia em Nova York, nos EUA.
Seu objetivo é contribuir para ampliar as discussões sobre raça no Brasil e as interpretações possíveis sobre a população negra brasileira. “[Meu objetivo] é fomentar a rede de diálogo entre pesquisadores negros. Ampliar a compreensão da condição do negro em nosso país e também para pensar sobre o racismo”.
Caso consiga arrecadar o valor necessário para cobrir os custos de viagem e estadia durante o evento, Jaqueline irá oferecer um curso aberto e presencial sobre as conclusões da pesquisa apresentada no Canadá.
Serviço
Para contribuir, deposite:
Banco do Brasil
Agencia: 1552-0
Conta Corrente: 105680-8
Favorecida: Jaqueline Conceição da Silva
CPF: 339.747.838-30
Pesquisa:
Formação, individuação e negritude no pensamento de Angela Davis
SILVA, Jaqueline Conceição. Mestre em Educação: História, Política, Sociedade – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo