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Reintegração pode deixar 300 famílias desabrigadas no Recife

Chamada “8 de março”, ocupação está localizada no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital, em terreno abandonado há 15 anos; MTST pede que haja a desapropriação por parte da prefeitura

Texto: Redação I Edição: Lenne Ferreira I Imagem: MTST-PE

300 famílias correm risco de despejo esta semana no Recife

18 de outubro de 2021

Na Zona Sul do Recife, um terreno desocupado há 15 anos serve de abrigo para cerca de 300 famílias na capital, entretanto, estão ameaçadas por um processo de reintegração de posse por decisão do judiciário. A ocupação, chamada de “8 de março”, tem até a próxima quinta-feira (21) para sair, caso a prefeitura não se posicione. 

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto de Pernambuco (MTST), que coordena a ocupação, afirmou, em nota publicada no perfil oficial do Instagram, que a prefeitura informou que o processo de reintegração de posse foi solicitado pelo suposto titular do terreno. O Movimento ainda denuncia falta de diálogo da gestão municipal com as famílias e representantes locais da luta por moradia e os débitos do terreno com o município, orçados em cerca de meio milhão de reais. 

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“Após nosso processo de jornada de luta, três mesas de negociação e entrega de ofícios solicitando que a prefeitura de Recife se manifestasse em favor do povo, a resposta que recebemos de todos os gestores foi o silêncio. É revoltante e lamentável que João Campos se coloque ao lado de um suposto proprietário que deve a prefeitura ao invés de garantir a moradia dessas famílias”, disparou o MTST em publicação realizada nesta segunda-feira (18). 

Leia também: Ato em Pernambuco denuncia despejo de 200 famílias de acampamento sem-terra

Diante da situação, a campanha direcionada ao prefeito da cidade do Recife, João Campos – PSB (#DesapropriaJoãoCampos) foi lançada nas redes sociais. Lideranças pedem que o gestor fique do lado das pessoas que não possuem moradia e que o mesmo apresente uma saída para as famílias que estão sob ameaça de voltarem às ruas em meio a uma pandemia. 

A Alma Preta Jornalismo buscou respostas junto à Prefeitura do Recife, mas até o fechamento desta publicação, não obteve retorno. Caso haja resposta oficial, a matéria será atualizada.  Novidades sobre o caso podem ser encontradas na página do MTST Pernambuco. Para acompanhar, acesse o link

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