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472 anos de Salvador: conheça artistas que cantam a cidade

Da veterana à mais nova safra de cantores e cantoras de Salvador, a cidade segue inspirando versos, ritmos e rimas; Para marcar o aniversário da capital da Bahia, a Alma Preta selecionou alguns nomes da atual cena musical soteropolitana; Confira! 

Texto: Redação | Edição: Lenne Ferreira | Imagens: Divulgação 

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29 de março de 2021

Ao longo de sua história, Salvador, que hoje completa 472 anos, inspirou muitos versos, ritmos e rimas. A capital da Bahia, que carrega em seu nome os princípios cristãos dos seus colonizadores (o nome da cidade foi escolhido em homenagem a Jesus Cristo, o Salvador), segue sendo exaltada por cantores e cantoras negros (as) que bebem de sua quase inesgotável fonte de saberes ancestrais encantados pelos orixás. A riqueza cultural, que fez emergir movimentos artísticos e políticos, é tema constante de canções que são símbolos de uma identidade africana que influenciou nomes veteranos como Gilberto Gil e Margareth Menezes e continua servindo de mote para a produção de artistas contemporâneos. Em homenagem ao aniversário da cidade, que tem umas das populações mais negras do país, a Alma Preta Jornalismo destaca o trabalho de nomes da nova safra musical soteropolitana. Confira!

Larissa Luz

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A cantora Larissa Luz nasceu em Salvador, em 1987. Desde a infância tem a música e os livros como grandes referências graças à influência da mãe, a professora Regina Luz. Estudou canto e teclado e a paixão pela música foi criando raízes fortes. Iniciou a carreira profissional se apresentando em shopping. Também cantou em navios e bares de Salvador, como o Pedra da Sereia. Também integrou grupos como Lucy in the Sky, Egrégoras e Interar. O auge veio com a participação na banda Ara Ketu entre 2007 e 2012. A cantora já se apresentou em diversos estados brasileiros e tem três discos gravados: “Mundança” (2012) ; Território Conquistado ((2016) e “Trovão” (2019).

Yan Cloud

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O música baiano entrou para o universo do rap em 2015 e desde lá vem realizando parcerias com a cena musical de Salvador. Hits como “Que Calor”, com a cantora Nêssa, e “Aquele Swing”, com o grupo ÀTTØØXXÁ, despontaram nas rádios e plataformas de streaming da cidade, trazendo amplitude as suas canções e as narrativas levantadas, como questões sociais e de cunho raciais, como a elevação da autoestima preta e valorização do relacionamento afrocentrado. Em 2019 foi participação especial no trio da cantora Márcia Castro, no circuito Barra-Ondina, cantando no carnaval de salvador pelo selo Batekoo.

Vandal de Verdade 

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Vivências nas comunidades de Salvador e sua relação com o mundo que o cerca são as temáticas mais abordadas por Vandal de Verdade. Escrever e cantar são consideradas as armas usadas pelo Mc soteropolitano, conhecido também pelo seu carisma e por sua maneira diferente de escrever, sempre adicionadas as palavras a letra “H” no final. Sua mixtape de estreia, “TIPOLAZVEGAZH” rendeu conhecimento nacional, um grande passo pra quem estava no início da carreira. Recentemente, colaborou com o grupo BaianaSystem na canção “CERTOH PELO CERTOH”.

Luedji Luna

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Nascida e Criada em Salvador, Luedji Luna se consagra como uma das cantoras mais talentosas da cena musical contemporânea brasileira. Filha militantes do movimento negro, ela aprendeu cedo sobre seu papel na luta por igualdade e justiça raciais e fez da arte ferramenta de reencontro com a ancestralidade. Em 2011, começou a aparecer em recitais e palcos de Salvador, além de cantar na noite em bares nos arredores do Rio Vermelho, bairro onde acontece a tradicional Festa de Iemanjá. Em 2013, cantou no espetáculo “Ponto Negro em Tela Branca”, da diretora Kléia Maquenda. Foi em 2017, que Luedji lançou o seu primeiro álbum “Um Corpo no Mundo” pela gravadora YBmusic e, em 2019, fez sua primeira turnê internacional. Em 2020, lançou seu segundo disco, um álbum visual intitulado “Bom mesmo é estar debaixo d’água”, com 14 faixas. A cantora foi indicada ao WME Awards em 4 categorias, levando o prêmio de “Melhor álbum do ano”.

Nêssa

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Outro destaque na cena soteropolitana, Nêssa é uma cantora, compositora, designer e ilustradora que tem recebido muitos elogios da crítica especializada. Sua obra reflete experimentações dentro da estética Pop relacionando-a com elementos regionais. O pagode baiano, funk melody e as batidas 8-bit são exemplos sonoros que encontram eco no seu trabalho. Além de cantora, Nêssa também é designer e gamer assumida. Ela que produz as suas capas de singles e até seus lyric videos com a música “Hard”, produzida por Markinhos Lima. Confira!

Cronista do Morro

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Revelação do hip hop baiano, a cantora e compositora Cronista do Morro é moradora do bairro da Liberdade, importantae celeiro cultural da cena afro soteropolitana. Eu sua obra, ela fala sobre cotidiano de uma mulher negra, lésbica e periférica. Já se apresentou ao lado de nomes consagrados como Vandal de Verdade e Afrocidades. Entre as canções que serviram para apresentar a potência da MC se destaca “Terror Da Leste”, que teve clipe premiado no Music Video Festival Brasil e uma versão em parceria com a banda Afrocidade, que resultou em uma apresentação no trio do festival Afropunk no carnaval de 2020.

Baiana System

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Desde 2009, a banda Baiana System vem conquistando público e respeito na cena nacional e internacional. O grupo despontou a partir da experimentação de possibilidades sonoras para a guitarra baiana, instrumento criado em Salvador nos anos 1940 e que é o grande responsável pelo surgimento do trio elétrico. O nome do grupo, inclusive, vem da junção de “guitarra Baiana” com “sound system”, sistemas de som muito populares na Jamaica. 

Em 2016, a banda ganhou visibilidade fora do Brasil com a faixa “Playsom”, que faz parte da trilha sonora do jogo eletrônico FIFA 16. A canção integra o segundo álbum do grupo, Duas Cidades. Em sua trajetória, Baiana System já conquistou um público expressivo dentro e fora de Salvador e possui cinco álbuns de estúdio: Baianasystem (2009); Duas Cidades (2016); Outras Cidades (2017); BatukeBox (2018); O Futuro Não Demora (2019).

Xênia França

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Nascida no Recôncavo Baiano, Região Metropolitana de Salvador, Érica Estrela França é filha de operários petroleiros. Mais conhecida como Xênia França, mudou-se para São Paulo em 2004. Quatro anos depois de trabalhar como modelo, começou a cantar em bares na noite paulistana. O talento a apresentou ao rapper Emicida, que a convidou para uma participação especial no EP Sua Mina Ouve Meu Rep Tamém e do álbum Emicídio, ambos de 2010. Em 2011, passou a integrar a banda Aláfia, com quem gravou três álbuns., lançou seu primeiro álbum autoral, Xênia, em 2017, pela (Natura Musical). Com o álbum, a cantora foi indicada ao Grammy Latino de 2018 na categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo, e a faixa “Para que me chamas?”, ficou entre as indicações do Grammy na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa.

 

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