A Polícia Civil do Estado de São Paulo solicitou a prisão preventiva de Guilherme Augusto Macedo, policial militar autor do disparo que matou um estudante de medicina na Zona Sul da capital paulista, em 20 de novembro de 2024.
Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto com um tiro à queima-roupa na escadaria de um hotel, na Vila Mariana. À época, a versão dada pelos policiais acusou a vítima de tentar desarmar o agente e resistir à abordagem com agressividade.
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No entanto, os registros da câmera de vigilância da hospedagem contradizem o depoimento dos dois PMs envolvidos no caso. A gravação mostra o policial alvejando o jovem já rendido.
Guilherme Augusto foi indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, dois dias depois do ocorrido. Durante o Inquérito Policial Militar (IPM), a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afastou os dois agentes das atividades operacionais, até que as investigações sejam concluídas.
No relatório final do IPM, o delegado do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) Gabriel Tadeu Brienza Viera aponta que, mesmo com a reação da vítima à ação policial, o agente assumiu o risco da fatalidade ao utilizar ilegitimamente a arma de fogo para repelir “suposta ameaça”.
A conclusão do inquérito com o parecer da Polícia Civil foi encaminhada à Justiça de São Paulo, solicitando que o acusado seja preso preventivamente por homicídio doloso eventual. Caberá ao judiciário estadual decidir se acatará ou não o pedido de prisão.