De acordo com o relatório, 56% das pessoas preferem comprar em empresas que apoiam a diversidade racial e 69% dos entrevistados consideram importante que um candidato ou candidata defenda causas relacionadas às pessoas negras no brasil. Entre os 2000 entrevistados, 47% eram pessoas negras, 49% eram brancas, 3% amarelas e 1% índigena.
O objetivo do documento é levantar questões importantes sobre problemas sofridos pelas pessoas negras no Brasil, mas também trazer luz a outros temas. Aborda-se também a relação das pessoas negras com o mercado de trabalho, a representatividade negra em diversas esferas e a forma como pessoas negras compram e consomem no Brasil.
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Em conversa com a equipe da Alma Preta Jornalismo, Alan Soares, CSO do Movimento Black Money, comenta que o relatório demonstra que há uma incoerência no pensamento da sociedade. “Como 85% da população concorda que há diferenciação no tratamento dado a pessoas negras, mas ninguém se considera racista?”, indaga o CSO.
Para ele, o principal objetivo é sensibilizar agentes públicos e privados para que possamos desenvolver políticas públicas e metas de ESG (governança ambiental, social e corporativa) que mitiguem os problemas estruturais da sociedade.
Outros dados importantes que a pesquisa aponta são que 60% das pessoas negras acreditam que o Brasil é um país racista. Entre as pessoas não negras, 53% concordam. Além disso, 23% das pessoas negras acreditam que sua raça dificultou sua entrada no mercado de trabalho.
O relatório está disponível gratuitamente na plataforma.
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