Pedro Baleotti, ex-aluno de direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, é expulso após fazer ameaças de morte a negros nas redes sociais; esta é a primeira expulsão da instituição por racismo
Texto / Camila Silva
Imagem / Divulgação
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Após o posicionamento de mais de 500 alunas e alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, contra as declarações racistas feitas publicamente por Pedro Bellintani Baleotii, o estudante foi expulso pela instituição.
No dia 28 de outubro, após o resultado do segundo turno das eleições, no qual Jair Bolsonaro saiu vitorioso, vídeos de Pedro Bellintani Baleotii, de 25 anos, estudante de Direito da universidade, foram divulgados no Facebook.
Na gravação feita dentro de seu carro, ele afirmava que estava indo votar “armado com faca, pistola, o diabo, louco pra ver um vadio, vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo”. Segundos depois, ao virar a câmera para um motoqueiro negro ele diz: “essa negraiada vai morrer! Vai morrer!”.
É possível ver Pedro em vários momentos do vídeo. Ele veste uma camisa com o rosto de Jair Bolsonaro e começa a cantar os dizeres: “Capitão, levanta-te, o povo brasileiro precisa de você”.
Essa não é a primeira manifestação de intolerância envolvendo alunos da instituição. Há alguns meses, as portas dos banheiros do Mackenzie foram pichadas com afirmações preconceituosas “Gay não é gente fora do Mackenzie. Bolsonaro 2018” e “Fora negros, fora pt, fora nordestinos”.
Ocupar e resistir
Depois da publicação do vídeo, a repercussão foi grande dentro e fora da universidade. Um ato foi organizado e às 8h da manhã mais de 500 pessoas se reuniram para dizer não ao racismo e ao fascismo. Foram cobrados medidas da instituição, que ainda não tinha se posicionado.