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Aceita em Harvard, estudante do Rio faz vaquinha para viagem

27 de junho de 2019

Isis Natureza, moradora do Morro do Fallet e estudante da Unirio, começa campanha para apresentar sua pesquisa no 1º Encontro Continental de Estudos Afro-latino-americanos

Texto / Imagem / Edda Ribeiro

Mulher negra, professora, mãe, estudante: Isis, aos 33 anos, vê sua vida mudar novamente. Ao ter sua pesquisa “Dos Quilombos às Favelas: Mulheres negras e as jornadas de resistência na diáspora latino-americana” aprovada para a Harvard University, ela comemora mais uma vitória na vida acadêmica, e se prepara para mais um desafio. Para chegar ao Primeiro Encontro Continental de Estudos Afro-latino-americanos (ALARI), ela precisa de R$ 7 mil para custear sua ida e estadia, e realizar um grande sonho.

 “Quero ir para Harvard e romper com a lógica de que o espaço reservado para negros e pobres é o da subalternidade”, diz estudante

 Diferente de uma simples e tranquila jornada para exibição de um trabalho, a estudante abre sua relação com o significado desta ida. “Essa viagem é uma superação para mim. É uma libertação de muitas das feridas emocionais e psicológicas que o racismo me introjetou. Me faz ter certeza do meu potencial e do potencial do povo preto, mesmo que tentem nos convencer do contrário”, revela.

Isis é professora de educação infantil no município do Rio de Janeiro, onde mora com seu filho de dez anos, Luã. Muitos de seus alunos são vizinhos no Morro do Fallet, na região central da cidade. Entre violências e o peso de ser mulher negra e periférica, ela se propõe a aprimorar o currículo para beneficiar os que virão.

“É uma forma de virar uma referência positiva para meus alunos e para as pessoas da favela que me conhecem, que convivem comigo. É abrir caminho para quem vem atrás”, explica.

“A pesquisa tem muito desse saber afrocentrado em suas práticas de resistência diária, mesmo que de forma inconsciente. Este trabalho pretende mapear essas práticas e ferramentas, tornando evidente como a mulher negra é um elemento chave para a (re)existência e manutenção de suas comunidades através dos séculos”, defende a estudante.

Como ajudar?

A renda mensal de Isis como professora está longe de garantir sua viagem. Portanto, ela já se planeja para alcançar esse feito, e a colaboração de todos é essencial. Para garantir passagem, visto alimentação e demais custos por 5 dias, a vaquinha on-line é o primeiro passo, mas ela aguarda outras ideias e doações para somar.

Para doações, segue o link da campanha: http://vaka.me/619168 .

Lá, além de doar, é possível conhecer um pouco do ALARI, além de outros trabalhos da estudante Isis.

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