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Afroempreendedoras lançam financiamento para criar escola de costura para pessoas negras

Objetivo é oferecer curso de corte e costura criativa para jovens pretos e pretas das periferias de Salvador

Texto: Redação | Foto: Divulgação/Instagram @bixacostura

BIXA-COSTURA-site

13 de agosto de 2021

As afroempreendedoras do setor da moda e costura, Camila Nut Nansu e Tauan Carvalho, lançaram um financiamento coletivo para criação da Escola Egbé Criativo, iniciativa que visa oferecer cursos de corte e costura criativa para jovens pretos e pretas das periferias de Salvador. O projeto tem como proposta promover oportunidades de renda, emprego e profissionalização, além de transmitir saberes ancestrais e incentivar novos negócios. As doações podem ser feitas até o dia 29 de agosto por meio do site da Benfeitoria.

A ideia de criar a Escola de costura veio a partir das vivências das afroempreendedoras. Camila Nut atua no setor da moda desde os 17 anos e atualmente é proprietária da Nut Criativa, empresa voltada para a confecção de bolsas e acessórios. Para ela, a necessidade de criar esse espaço proporciona a promoção da população negra, especialmente as mulheres, no ramo da Moda, visto ainda como um espaço elitista.

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“Para quem é preto, ainda estando em Salvador, o trabalho criativo é pouco incentivado. Então queremos apresentar trajetórias pretas que mudam isso, esse é o motivo de elaborar o projeto”, conta a criadora.

Tauan Carvalho é proprietária da marca Bixa Costura, que produz vestuário agênere há seis anos e é tecnóloga em Design de Moda. “Queremos afirmar a excelência preta em tudo que nós nos propomos a fazer e mudar realidades a partir de troca de experiências e saberes”, enfatiza.

A meta do financiamento é arrecadar R$ 15 mil, que será destinado para a compra de insumos, maquinários e contratação de profissionais do ramo da moda e costura. A proposta é realizar o curso de forma semipresencial, atendendo a todos os protocolos de segurança necessários diante do cenário da pandemia. Também serão oferecidos equipamentos de segurança para proteger todos os envolvidos.

Além do financiamento coletivo, o projeto também disponibiliza o pix [email protected] para contribuições afetivas.

Leia também: ESPECIAL | Como suas ancestrais, empreendedoras negras driblam dificuldades e criam as próprias oportunidades

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