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Agência de casting negro combate racismo no mercado de moda

Um dos desafios é inserir profissionais negros em projetos que não estejam relacionados à temática racial

23 de agosto de 2019

Romper as barreiras do racismo no mercado de moda e valorizar a beleza de profissionais negros. Foi com esse objetivo que Regina Ferreira decidiu criar a Hutu Casting, em abril deste ano.

A agência contrata somente modelos negros e é responsável por encaminhá-los a empresas para que eles participem de eventos, produções artísticas como videoclipes e campanhas publicitárias.

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Um dos desafios da Hutu Casting em um mercado ocupado majoritariamente por pessoas brancas é inserir pessoas negras em projetos que não sejam, necessariamente, relacionados à temática afro ou de diversidade.

“A gente não pode esperar eventos específicos acontecerem para podermos trabalhar, como em novembro [mês da consciência negra]. Quero que os modelos negros estejam em eventos corporativos, de medicina, automobilismo, seja lá qual for”, afirma Regina.

A criadora da agência também tentou ser modelo e conta que, por ter sido rejeitada diversas vezes, decidiu ajudar outros profissionais negros do ramo.

“Decidi fazer pelos outros o que não fizeram por mim. Passamos por tantas dificuldades e eu sei o quanto não ter oportunidade de trabalho destrói nossa autoestima”, comenta.

Regina Ferreira acredita que as empresas precisam ser mais inclusivas para combater o racismo no mercado de moda. “Sem dar espaço para o negro, a conta nunca vai bater”, conclui.

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  • Nataly Simões

    Jornalista de formação e editora na Alma Preta. Atua há seis anos na cobertura das temáticas de Diversidade, Raça, Gênero e Direitos Humanos. Em 2023, como editora da Alma Preta, foi eleita uma das 50 jornalistas negras mais admiradas da imprensa brasileira.

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