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Aluno da FGV é condenado a pagar R$44 mil em indenização por chamar outro estudante de escravo

Justiça condenou Gustavo Metropolo que tirou uma foto de aluno negro e escreveu “achei esse escravo”; a indenização é por dano moral e material

 

Rosto do aluno Gustavo Metropolo da FGV que chamou estudante negro de escravo

Foto: Imagem: reprodução

2 de fevereiro de 2022

A justiça de São Paulo condenou a uma multa indenizatória no valor de R$44 mil o ex-aluno da FGV (Fundação Getúlio Vargas) que tirou uma foto de um estudante negro e compartilhou em um grupo de Whatsapp com a legenda: “Achei esse escravo aqui no fumódromo! Quem for o dono avisa!”.

A decisão é da juíza Mariella Ferraz de Arruda Pollice Nogueira, da 25ª Vara Cível de São Paulo, e condena o ex-aluno Gustavo Metropolo pelo crime de racismo contra o estudante João Gilberto Pereira Lima. O caso aconteceu no dia 6 de março de 2018 e a decisão da juíza Mariella foi publicada na última terça-feira (1º).

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A ação cível contra o estudante foi aberta pelo programa de Justiça Racial do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades), organização da sociedade civil que atua contra o racismo e o caso teve grande repercussão midiática na época.

“Vamos recorrer para buscar o aumento do valor indenizatório e, sobretudo, continuar nossa atuação para manter a condenação na justiça criminal por crime de racismo que também obtivemos recentemente em segunda instância”, explica o advogado Daniel Bento Teixeira, diretor executivo do CEERT.

O estudante fotografado soube do crime porque a mensagem foi encaminhada diversas vezes, chegando inclusive a professores da FGV.

Depois da repercussão, Gustavo Metropolo foi suspenso por três meses pela FGV, porém, a família do estudante de Administração conseguiu uma decisão liminar na justiça para que ele retornasse às aulas em maio, o que gerou uma onda de protesto entre os demais estudantes da instituição. Em março de 2021, o aluno foi condenado a prisão por racismo e injúria racial, mas recorreu da sentença.

Desde 2018, Gustavo Metropolo apagou suas redes sociais e não comenta sobre o caso. A Alma Preta Jornalismo tentou entrar em contato com a defesa do ex-aluno da FGV, porém, não teve retorno.

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