Uma decisão liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça), divulgada na tarde desta quinta-feira (5), determinou a liberdade do ativista Paulo Lima, conhecido como Galo de Luta. Poucas horas depois, o delegado responsável pelo caso, Deglair Barcellos Júnior, pediu a prisão preventiva do entregador de aplicativo. A solicitação foi apoiada pela promotoria e aguarda o decreto de algum juiz. No habeas corpus, o ministro Ribeiro Dantas, do STJ, destacou a ilegalidade da prisão temporária do ativista.
De acordo com o ministro Ribeiro Dantas, Galo assumiu que praticou o crime, tem residência fixa e emprego, além disso, se apresentou livremente para depor sobre o caso. A prisão preventiva pode ser decretada quando há a possibilidade do suspeito alterar provas ou até fugir. Por sua vez, a prisão temporária é quando o suspeito fica preso enquanto são colhidas provas do crime.
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“Tenho certeza que existe uma manobra para que Galo continue preso. O alvará foi determinado por um ministro do STJ às 13h. É evidente que estão fazendo algo para conseguir a prisão preventiva”, afirma o advogado Jacob Filho, em entrevista concedida à Alma Preta Jornalismo.
Membro do movimento de entregadores antifascistas, Galo estava preso temporariamente desde a semana passada por conta do protesto que ateou fogo na estátua do bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, em 24 de julho.
A prisão temporária foi decretada e renovada em função de Galo ser um dos manifestantes e ter organizado o protesto, segundo informações da polícia. A prisão do entregador, de 33 anos, causou polêmica porque uma das justificativas apresentadas pela Justiça é que ele fazia parte e um movimento social antifascista e não teria também revelado nomes de outros participantes do protesto.
Além de Galo, a polícia prendeu também a sua companheira Géssica Barbosa, que não tinha nem ido ao ato. Ela foi liberada no dia 30 de julho.
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