PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Articulação indígena pede doações para família Pataxó vítima de ataque de ruralistas

Além de sofrer espancamentos e torturas, o grupo indígena teve prejuízos materiais
Na foto, cacique Nailton Muniz Pataxó, baleado durante ataque de ruralistas no município de Potiguará (BA), no Território Caramuru.

Foto: Reprodução

26 de janeiro de 2024

Um ataque de ruralistas a um grupo de Pataxó Hã-Hã-Hãe resultou na morte de uma indígena da etnia no último fim de semana. O crime aconteceu no município de Potiguará (BA), no Território Caramuru. Para ajudar os atingidos, a articulação Teia Povos pede doações para oferecer suporte financeiro as familiares.

Maria de Fátima Muniz de Andrade, também conhecida como Pajé Nega Pataxó, foi baleada e não resistiu aos ferimentos. O cacique Nailton Muniz Pataxó, irmão da vítima, também foi atingido por um disparo de arma de fogo e teve que ser submetido a uma cirurgia. 

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Segundo a organização, diversas pessoas da família de Cacique Nailton foram torturadas e agredidas. “Uma parente teve a sua clavícula quebrada, alguns foram feridos em várias partes do corpo após espancamentos, e ainda outros ficaram desaparecidos”, ressalta em nota publicada em rede social.

De acordo com a publicação, além dos espancamentos e torturas, “eles sofreram diversas perdas materiais muito importantes para sua autonomia. Os fazendeiros atearam fogo em seus veículos, quebraram seus celulares, estragaram suas comidas”, entre outras coisas.

Até o momento, dois fazendeiros da região foram detidos, acusados de homicídio e tentativa de homicídio

“O nosso apoio simbólico, político, espiritual e material é muito importante agora para o que o Cacique Nailton e sua família consiga defender seu território e sua vida“, conclui a Teia Povos.

Para contribuir com as doações, basta realizar a transferência de qualquer valor para a chave Pix: [email protected]

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano