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Atendimentos de saúde em quilombo no interior da Bahia são improvisados em bar

Por falta de infraestrutura, famílias quilombolas de Vitória da Conquista são atendidas em locais improvisados, de forma inadequada
Imagem mostra cadeiras brancas de plástico e mesa de madeira em área externa de bar, Há uma parede verde claro ao fundo.

Foto: Victória Lobo

7 de novembro de 2023

O cenário de precariedade da saúde nos quilombos em Vitória da Conquista, no interior da Bahia, faz com que os atendimentos médicos sejam realizados em espaços improvisados como bares, igrejas e até nas calçadas.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o posto de saúde do quilombo de Cachoeira das Araras, na região do Pradoso, zona rural de Vitória da Conquista, desabou por estar com a estrutura danificada em decorrência da falta de manutenção. Os atendimentos chegaram a ser remanejados para uma igreja da região, mas também tiveram que ser transferidos do local.

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A Bahia tem a 10ª maior população quilombola do Brasil. Ao todo, são 32 quilombos reconhecidos pela Fundação Cultural Palmares (FCP) e 12.057 habitantes autodeclarados quilombolas.

Na 3ª edição do relatório sobre a Política Nacional de Saúde da População Negra, o Ministério da Saúde mostra os estudos que explicitam “a posição desfavorável dos negros em diversos aspectos da saúde medidos pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e também por outras pesquisas e indicadores”.

De acordo com o documento, essa desigualdade se manifesta no acesso aos serviços, saúde da mulher, mortalidade materna, internamento e falta de medicações.

À Folha, a Secretaria de Saúde afirmou que a marcação de exames é feita “mediante a disponibilidade de vagas para cada tipo de procedimento”. A pasta disse ainda que buscou negociar com seus prestadores de serviço para “ampliar a oferta de exames e procedimentos à população”.

Em relação às consultas, a secretaria afirmou que “uma nova equipe de Saúde da Família tem prestado atendimento na região desde julho deste ano”.

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  • Redação

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