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Ato em São Paulo reúne 5 mil pessoas contra ataques às Cozinhas Solidárias

Movimentos sociais denunciam criminalização de iniciativa que combate a fome e enfrentam resistência de setores políticos em todo o país
Ato em São Paulo contra a criminalização do programa Cozinhas Solidárias.

Ato em São Paulo contra a criminalização do programa Cozinhas Solidárias.

— Ascom/Ediane Maria

25 de fevereiro de 2025

Mais de 5 mil pessoas se reuniram nesta segunda-feira (24) na Praça da República, no centro de São Paulo, para protestar contra a criminalização das Cozinhas Solidárias, programa federal inspirado em iniciativas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) para combater a fome.

A política pública, executada por organizações da sociedade civil, enfrenta oposição da chamada Bancada da Fome, que tenta restringir o funcionamento das cozinhas no Congresso Nacional, assembleias legislativas e câmaras municipais.

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A deputada estadual Ediane Maria (PSOL-SP) criticou a repressão às cozinhas e citou dificuldades enfrentadas pelo projeto na cidade de São Paulo.

“É um absurdo o movimento dessa direita elitista e revanchista que tem ódio de pobre e ódio de qualquer iniciativa de emancipação do nosso povo. Essa onda, que vem desde Brasília, vem se espalhando por estados e municípios. Na cidade de São Paulo, a GCM não deixa o pessoal das Cozinhas Solidárias entregar comida para as pessoas em situação de vulnerabilidade e extrema pobreza. É uma crueldade sem fim”, afirmou a parlamentar.

A coordenadora nacional das Cozinhas Solidárias, Ana Paula Perles, apontou que os ataques refletem a perseguição política aos movimentos sociais.

“As Cozinhas nasceram no movimento social e se tornaram programa federal porque são eficazes. A Bancada da Fome quer descredibilizar esse trabalho e impedir que comida de qualidade chegue a quem precisa. Esse ataque é contra a solidariedade”, declarou.

O que são as Cozinhas Solidárias?

Criadas pelo MTST durante a pandemia de Covid-19, as Cozinhas Solidárias surgiram para enfrentar o aumento da fome e a alta no preço dos alimentos.

As cozinhas distribuem refeições gratuitas para pessoas em situação de vulnerabilidade social e são mantidas por movimentos populares e organizações da sociedade civil.


A iniciativa foi regulamentada em 2024, por meio de um decreto federal, e passou a integrar a política nacional de segurança alimentar e nutricional. O objetivo do programa é combater a fome e ampliar o acesso à alimentação saudável, apoiando cozinhas já existentes em todo o país.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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