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Ato repudia novas pichações racistas no Mackenzie

18 de março de 2016

É a terceira vez em menos de um ano que pichações de cunho racista são deflagradas no campus

Texto / Pedro Borges
Foto / Coletivo Afromack
Edição de imagem / Vinicius Martins

O Coletivo AfroMack organizou um protesto em frente ao prédio da reitoria do Mackenzie para denunciar as novas pichações racistas na universidade. A manifestação reuniu cerca 800 alunos, que exigem medidas da instituição.

O escrito “Fora PT e devolvam os pretos pra senzala” foi encontrado ontem à tarde em um banheiro, no prédio 45 do campus. Na sequência, o Coletivo Afromack emitiu uma nota de repúdio com o pedido de posicionamento da universidade, responsabilização dos criminosos, contratação de professores negros e o incentivo ao debate sobre o racismo estrutural dentro da unidade.

Michelli Oliveira, integrante do coletivo Afromack e estudante de jornalismo, explica a necessidade do ato e da carta assinada pelo grupo. “A importância, tanto do ato como da nota, é dizer a instituição, universidade e alunos do Mackenzie que nós existimos e não iremos nos calar diante de um crime como este. Racismo é crime e não iremos nos calar diante disso. Existimos no Mackenzie e iremos continuar resistindo.”

Pichação MackEssa é a terceira pichação racista no prédio do Mackenzie. No mês de agosto de 2015, em um restaurante em frente à universidade, muito frequentado pelos estudantes, os escritos “Mackenzie não tem que ter preto, nem nordestino”. Meses depois, no dia 6 de outubro, foi escrito em um banheiro dentro das dependências da instituição, “Lugar de negro não é no Mackenzie, é no presídio”.

Adrielly Letícia, estudante de Direito, pensa que a elite branca se incomoda com o fato de dividir os mesmos espaços com negras e negros. Ela lembram também que, “há alguns anos, houve uma passeata dos alunos contra a inserção do Prouni como maneira de ingresso da universidade. Essa passeata é uma forma de tentar deixar a universidade elitizada e branca como sempre foi, pois sabemos que a quantidade de negros na elite é bem baixa”.

Em outubro do ano passado, o Alma Preta fez uma reportagem sobre as pichações nos banheiros das universidades brasileiras. Mais do que discutir a entrada de estudantes negros na universidade como fator determinante dos ataques, a matéria questiona também o porquê das agressões serem feitas, na grande maioria dos casos, nos banheiros masculinos.

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