A perícia feita pela Polícia Civil atestou que a bala que matou a liderança indígena Nega Pataxó, no sul da Bahia, no último domingo (20), partiu de um revólver encontrado com o filho de um dos fazendeiros envolvidos no ataque.
O homem foi preso em flagrante no conflito, junto com mais um suspeito. Segundo a imprensa local, o outro preso por abrir fogo contra os Pataxós é um policial aposentado, de 60 anos.
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O diretor regional da Polícia Civil, o delegado Roberto Júnior, informou em entrevista à Agência Brasil que o laudo de microcomparação balística deu positivo e que a polícia já tem indícios suficientes da autoria do crime.
“Esse laudo pericial foi recebido ontem [terça-feira] e acostado ao inquérito policial, comprovando que o projétil extraído do corpo da vítima foi disparado da arma do jovem apresentado pela Polícia Militar e autuado em flagrante pela Polícia Civil”, comentou o delegado.
O caso será encaminhado para a Polícia Federal, responsável por fiscalizar e punir crimes cometidos em comunidades indígenas.
Os dois presos participaram da ação de fazendeiros nomeada “Invasão Zero”, que invadiu violentamente o território indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, sem respaldo judicial. A invasão levou a um óbito e duas vítimas baleadas, entre outros feridos.