Na delegação brasileira de boxe, três das cinco atletas são negras: Tatiana Chagas (54kg), Jucielen Romeu (57kg) e Bárbara dos Santos (66kg). As multicampeãs buscam fazer história ao disputar os Jogos Olímpicos de Paris 2024, o maior evento esportivo do mundo que começa em julho.
Pela primeira vez em 128 anos, os Jogos Olímpicos têm a igualdade no boxe. A edição de Paris terá 50% de presença de mulheres e 50% de homens em 13 categorias. Pelo Brasil, nove atletas competem em categorias de peso leve, médio e pesado.
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O boxe faz parte da programação dos Jogos Olímpicos desde 1904, mas só teve mulheres nos ringues a partir de 2012. Nesta edição, eram apenas três categorias femininas. Em Paris 2024 serão seis categorias para mulheres e sete para homens. Conheça a trajetória das atletas que vão buscar medalhas em Paris.
Tatiana Chagas
Nascida em Salvador (BA), Tatiana Chagas, de 32 anos, é boxeadora há dez. A pugilista foi inspirada pela também baiana Bia Ferreira, que nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, foi vice-campeã da competição que abriu a participação de mulheres.
Tatiana Chagas conquistou sua vaga para Paris nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile), após uma disputa com a atleta da casa, e perdeu por 4 rounds a 1. Mesmo com a derrota e a medalha de prata, se classificou.
Jucielen Romeu
A paulistana de Rio Claro, Jucielen Romeu, foi campeã Sul-americana, campeã Pan-Americana ambos em 2023, tetracampeã brasileira e vice-campeã Pan-Americana em 2019.
Defensora da categoria peso pena, de até 57kg, Jucielen fez parte de uma iniciativa social do bairro Terra Nova, em sua cidade natal. Essa será a segunda vez que a pugilista participa dos jogos olímpicos.
Bárbara dos Santos
Boxeadora desde os 17 anos, a baiana Bárbara dos Santos também competirá nos Jogos Olímpicos de Paris. A atleta levou o bronze depois de competir no Campeonato Mundial Feminino de Nova Déli, na Índia, na categoria até 70kg em sua primeira vez na disputa.
Bárbara iniciou sua carreira na capoeira e no kickboxing. Desde 2019 a pugilista treina no quartel da Marinha no Rio de Janeiro como atleta militar.