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Brasil é o 2º país que mais matou defensores do meio ambiente em 2023, aponta ONG

Colômbia lidera o ranking, com 79 mortes em 2023, seguida pelo Brasil, com 25; demora no reconhecimento dos territórios indígenas e quilombolas pode influenciar nos casos
Imagem mostra uma pessoa com uma placa na mão que diz “pelo meio ambiente e pela democracia”.

Foto: Wagner Carmo

11 de setembro de 2024

De acordo com um relatório da ONG Global Witness, sediada no Reino Unido, pelo menos 196 defensores do meio ambiente perderam a vida em todo o mundo em 2023. A Colômbia liderou o ranking de violência, com 79 mortes, seguida pelo Brasil, com 25 casos registrados.

Embora o número de assassinatos seja alarmante, a Global Witness acredita que o número real de vítimas seja ainda maior. Desde 2012, quando o acompanhamento começou, foram contabilizadas 2.106 mortes de ativistas defensores do meio ambiente e do uso coletivo dos recursos naturais. A América Latina é o epicentro desses crimes, com 85% de todos os casos documentados em 2023.

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No Brasil, o número de assassinatos de ambientalistas diminuiu em relação ao ano anterior, passando de 34 para 25 vítimas em 2023. No entanto, o país ainda figura entre os mais violentos em relação a esses crimes. A principal fonte de dados usada para o levantamento da Global Witness é a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que há décadas mapeia a violência no campo.

Uma das principais causas para esse cenário é a concentração fundiária no Brasil e a demora no reconhecimento dos territórios indígenas e quilombolas. Essas áreas são frequentemente disputadas por interesses econômicos, como a expansão do agronegócio, a exploração madeireira, a mineração e projetos de infraestrutura.

Dentre os casos que mais refletem essa situação, está o assassinato de Mãe Bernadete, liderança quilombola e religiosa na Bahia. Ela foi morta com 12 tiros em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, e estava sob proteção do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) do governo federal.
Texto com informações da Carta Capital.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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