De acordo o novo dossiê da Rede Trans Brasil, divulgado na última quarta–feira (22), cerca de 105 pessoas trans foram mortas em todo o país durante o ano de 2024. Mesmo com 14 casos a menos do que o registrado em 2023, o país ocupa, pelo 17º ano consecutivo, a posição de nação que mais mata pessoas trans no mundo.
As informações integram o documento “Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024: da Expectativa de Morte a um Olhar para a Presença Viva de Estudantes Trans na Educação Básica Brasileira”, que será oficialmente lançado no próximo dia 29 de janeiro.
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O levantamento compila os casos divulgados pelos meios de comunicação ao longo do último ano. Segundo o dossiê, o perfil majoritário das vítimas é de mulheres trans ou travestis (93,3%), de 26 a 35 anos (36,8%) e negra (62,5%).
Pelo segundo ano consecutivo, a região que concentrou a maioria das mortes foi o Nordeste, com 38% das ocorrências. Com 33% dos óbitos, o Sudeste ocupa o segundo lugar no ranking.
O Centro-Oeste aparece como a terceira região com maior mortalidade, somando 12,6% dos casos. O Norte e o Sul obtiveram, respectivamente, 9,7% e 4,9%.
Considerando as unidades federativas, São Paulo foi o estado com o maior número de mortes, tendo registrado 17 assassinatos. Minas Gerais, com dez casos, e o Ceará, com nove, aparecem em segundo e terceiro lugar.