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Campanha organiza ida de mulheres para o julgamento de Luana Barbosa

14 de julho de 2018

A arrecadação está em 57% do objetivo total. Dinheiro vai ser usado no fretamento de um ônibus e na alimentação das mulheres que vão estar presentes em apoio à família de Luana Barbosa dos Reis

Texto / Thalyta Martins
Imagem / Pedro Borges

Uma vaquinha online arrecada dinheiro para levar mulheres lésbicas e bissexuais, de coletivos ou autônomas, na audiência pública de instrução na justiça comum, que vai discutir o caso de Luana Barbosa dos Reis, no Fórum de Ribeirão Preto.

A audiência ocorre no dia 18 de julho a partir das 13 horas e vai contar com a presença dos familiares de Luana e também dos policiais militares envolvidos no caso.

O objetivo é aplicar o dinheiro no aluguel de um ônibus para levar o maior número pessoas ao município a fim de mostrar apoio à família de Luana Barbosa, além de arcar com a alimentação dessas mulheres.

A ordem é fazer pressão ao Estado, reivindicar que os assassinos de Luana sejam julgados por júri popular. “Fazer da nossa voz uma ferramenta para dizer ao Estado que não aceitamos a não responsabilização sobre o caso.”, diz descrição da vaquinha.

Como doar?

Para contribuir, basta acessar o site da vaquinha e escolher o valor e a forma de pagamento, além de informar nome, e-mail, data de nascimento, número de telefone e CPF.

O objetivo é juntar 5 mil reais. Até a publicação desta reportagem, a campanha, que foi criada em 26 de junho, havia arrecadado R$ 2.890 – a data-limite é 15 de agosto.

Caso Luana Barbosa dos Reis

Em 13 de abril completou-se dois anos do assassinato brutal de Luana Barbosa dos Reis. Negra, lésbica e moradora da periferia, Luana foi abordada por policiais militares na periferia de Ribeirão Preto quando levava seu filho, de 14 anos, à aula de informática. A vítima foi espancada após solicitar presença policial feminina para ser revistada – o procedimento para revista feminina é recomendado pela legislação brasileira.

Após a abordagem, a mulher foi encaminhada à Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE), mas morreu cinco dias após as agressões.

De acordo com laudo do IML (Instituto Médico Legal), Luana morreu em consequência de isquemia cerebral e traumatismo crânio-encefálico resultantes do espancamento sofrido.

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