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Enquanto Bolsonaro ironiza falta de feijão, campanha contra fome faz nova entrega de alimentos

Campanha "Tem gente com fome", com o apoio da Alma Preta Jornalismo, realizou mais uma entrega de alimentos in natura para população da Zona Leste de São Paulo

Texto: Giovanne Ramos | Edição: Nataly Simões | Imagem: Yago Rodrigues

Imagem de divulgação. Na foto, um formulário da campanha Tem gente com fome, no fundo desfocado, os alimentos para a doação

28 de agosto de 2021

A campanha “Tem gente com fome”, realizada pela Coalizão Negra por Direitos e outras dez organizações sociais, entregou neste sábado (28) alimentos para a população da periferia da Zona Leste de São Paulo. A Alma Preta Jornalismo apoiou a ação participando das entregas de cesta de frutas, legumes e verduras.

No total, 40 pessoas foram beneficiadas com alimentos e a disponibilização de vales-alimentação, cada um no valor de R$ 142,50, parte do fundo de doações para ações emergenciais arrecadado pela campanha nacional desde março, com o objetivo de enfrentar a fome, miséria e a violência atenuadas pela pandemia da Covid-19, que afeta hoje mais de 222 mil famílias mapeadas pela Coalizão Negra.

As entregas da ação são feitas por todo o Brasil e, desde o seu início, quase 100 mil famílias brasileiras foram beneficiadas. Ainda há mais 120 mil famílias em situação de insegurança alimentar e a meta do projeto é continuar a arrecadar fundos para combater a fome dessas pessoas. Informações sobre como doar e prestações de contas podem ser encontradas na página oficial da campanha.

“Tem que comprar fuzil”

Na capital paulista, o custo de uma cesta básica para alimentar uma família de quatro pessoas chegou, em julho, no valor de R$ 1.065,79, muito próximo ao valor do salário mínimo (R$ 1.100), de acordo com levantamento feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

A inflação no valor da cesta básica também aumentou em outras 14 capitais do país: Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%) tiveram as maiores altas.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a alta é consequência do “fique em casa que a economia a gente vê depois”. Na última sexta-feira (27), o presidente chamou de idiota quem afirma que é preciso comprar feijão (um dos alimentos com maior alta no custo).

“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. O povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Tem um idiota: ‘ah, tem que comprar é feijão’. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, disse o chefe de governo.

A fala do presidente tem recebido uma série de críticas, entre elas a da ativista Simone Nascimento, do MNU (Movimento Negro Unificado). No Twitter, a militante escreveu: “Vivemos no país que o presidente diz que povo deve comprar armas e não feijão. BoIsonaro é um criminoso no comando centraI do BrasiI e seu projeto para o país é a fome e repressão aos que sentem fome.”

Confira também: ‘Tem gente com fome’: Campanha quer levar alimentos para mais de 222 mil famílias brasileiras

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