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Casal denuncia racismo em escola de Osasco: ‘Meu filho ficava isolado’

As denúncias feitas pelo casal envolvem ainda a omissão de uma professora dentro da sala de aula com relação a bullying, exclusão por parte dos alunos e da responsável durante brincadeiras e atividades coletivas e pedagógicas
Imagem mostra a fachada da Fundação Fito, escola acusada de racismo.

Foto: Reprodução/Google Street View

13 de novembro de 2023

O casal de empresários e influenciadores Aline e Fernando Gabriel usou as redes sociais para denunciar que o filho, de sete anos, foi vítima de racismo na escola Fundação Fito, localizada em Osasco, na Grande São Paulo.

Em vídeo divulgado no Instagram, os pais deram detalhes sobre a perseguição à criança, que acontece desde os primeiros dias de aula. Emocionados, os pais disseram que a criança foi deixada em uma recepção separada dos demais alunos, onde foi visto pelo irmão mais velho, de dez anos, que também estuda na unidade, que o levou ao lugar reservado para o transporte escolar buscar os estudantes. Ao relatar a negligência da direção, os pais ouviram que erro que não ia se repetir.

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As denúncias feitas pelo casal envolvem ainda a omissão de uma professora dentro da sala de aula com relação a bullying, exclusão por parte dos alunos e da responsável durante brincadeiras e atividades coletivas e pedagógicas.

“As próprias crianças se perguntavam quem queria brincar com o Pedro e ninguém queria (…). É doloroso saber que meu filho não brincou por um ano”, disse o pai.

Os pais ainda foram informados, através de bilhetes na agenda, que o menino tinha problemas psicológicos e cognitivos, já que estava apático durante as aulas e foram chamados duas vezes para falar sobre o assunto.

“Me chamaram duas vezes pra falar sobre e eu contratei uma profissional comportamental focada em inclusão infantil pra ela fazer o acompanhamento do meu filho. Sou pai, então não posso ser negligente. Ela fez um acompanhamento e logo no primeiro dia, ela chegou no intervalo e ele tava isolado. A justificativa da professora foi que ela estava fazendo atividade em bloco”, relatou Fernando.

O casal divulgou ainda áudios de conversas com a criança, que dizia querer uma escola que gostassem dele e demonstrou interesse em mudar de escola.

“E sou amigável na escola, mas eles não são humildes. (…) Eu quero entrar em uma escola que possa entrar preto igual a mim, não que tenha branco”, afirmou o menino.

As violências se estenderam à prima, que ao questionar a professora sobre o isolamento dele, foi acusada de assédio moral por parte da direção em uma sala sem a presença de um responsável. 

“A professora relatou a coordenação que chamou minha sobrinha, sem a presença do responsável porque ela interpelou a professora em sala de aula e ela disse que queria saber o que estava acontecendo com o primo, depois as duas acusaram minha sobrinha de assédio moral”, contou Aline. 

O casal informou ainda que vão tomar providências para que  a escola seja responsabilizada pela negligência na educação do filho.

Em nota divulgada em rede social, a Fundação Fito disse repudiar qualquer situação de racismo, que conversou com os pais da criança e apura o ocorrido.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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