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Combate ao racismo religioso e políticas para povos de terreiro são fortalecidos em ação do MIR

Entre os projetos, se destaca o "Guia de Orientação para Denúncias de Racismo Religioso", previsto para novembro de 2024
Imagem mostra pessoas reunidas em uma roda de conversa sobre desafios socioambientais na comunidade quilombola Mesquita (GO).

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

22 de outubro de 2024

O Ministério da Igualdade Racial (MIR), por meio da Diretoria de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiros (DPTMAT), tem implementado uma série de ações para garantir os direitos dessas comunidades em todo o Brasil.

Entre os projetos, “Abre Caminhos pelo Brasil” se destaca por reunir mais de 700 lideranças e pesquisadores para discutir os desafios enfrentados pelos povos de terreiro e mapear iniciativas já em prática. O encontro também ajudou a elaborar um diagnóstico sobre o racismo religioso no país.

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“É importante ouvir os representantes de comunidades, uma vez que eles sabem quais são as demandas e prioridades decorrentes do racismo religioso, por exemplo”, afirma a diretora de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz africana e Povos de Terreiro, Luzi Borges, em nota à imprensa.

A partir desse diagnóstico, a DPTMAT elaborou a minuta do decreto que cria a Política Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana de Terreiro. 

A proposta foi discutida em eventos como o Seminário Nacional Abre Caminhos, que contou com a participação de 300 pessoas, e o Encontro Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Povos de Terreiro, que reuniu 350 lideranças

No campo econômico, o “Edital Mãe Gilda de Ogum” presta apoio financeiro às comunidades de terreiro, com um investimento de R$ 1,5 milhão para fortalecer a economia de axé e práticas culturais e afro-agroecológicas dessas comunidades. Outro projeto é o “Edital Sabores e Saberes: Comida de Terreiro“, que destina R$2 milhões para valorizar a gastronomia tradicional afro-brasileira. 

Entre os destaques, também está o “Guia de Orientação para Denúncias de Racismo Religioso”, previsto para novembro de 2024, em parceria com o Ministério da Justiça. O guia busca instruir a população, especialmente os povos de terreiro, sobre como proceder em casos de racismo religioso. 

Na publicação, a Luzi Borges ainda ressalta que o combate ao racismo religioso só é possível com a garantia de direitos. “Trabalhamos para transversalizar as políticas do governo em uma perspectiva de continuidade existencial dos povos e comunidades tradicionais de terreiro. Para além do MIR, nosso diálogo institucional deve alcançar os estados e municípios”, finaliza.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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