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Conheça a trajetória de Rebeca Andrade, primeira ginasta brasileira medalhista olímpica

A ginasta, que levou Baile de Favela às Olimpíadas, começou sua carreira em um projeto social da Região Metropolitana de São Paulo; Rebeca ficou conhecida como ‘Daianinha de Guarulhos’ 

Texto: Redação | Imagem: Reprodução

Campeã olímpica brasileira

29 de julho de 2021

Rebeca Andrade, a jovem de 22 anos, marcou a história da ginástica olímpica nesta quinta-feira (29), ao receber medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio. Sua classificação só ficou atrás da americana Sunisa Lee. 

“Essa medalha não é só minha, é de todo mundo. Todos sabem da minha trajetória, o que eu passei. Não desistam, acreditem no sonho de vocês e sigam firmes. Dificuldade sempre teremos, mas temos que ser fortes suficientes para passar por dia. Tive pessoas maravilhosas que me ajudaram a passar por esse processo, espero que vocês tenham pessoas incríveis para ajudar a chegar no topo assim como cheguei. Eu sou muito grata. Mando todo meu amor para todas as ginastas que passaram por aqui, que estão felizes com meu sucesso”, disse logo após ganhar a medalha. 

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O Baile de Favela, de Mc João, foi a trilha sonora da conquista. Rebeca foi destaque na categoria feminina individual geral e é a primeira brasileira a conquistar uma medalha na ginástica dos Jogos Olímpicos. E o ouro não veio por pouco, a ginasta fez 57,298 pontos, enquanto Sunisa Lee fez 57,433 pontos.

“Durante muito tempo disseram que as pessoas negras não poderiam fazer alguns esportes e a primeira medalha olímpica da ginástica feminina é de uma mulher negra. Tem uma representatividade muito grande por trás de tudo isso”, disse a ex-ginasta Daiane do Santos, durante a transmissão da Rede Globo.

“Uma menina que veio de uma origem muito humilde, foi criada por uma mãe solo porque o pai da Rebeca é vivo, mas não é presente na vida dela. Aguentou tudo o que ela aguentou, todas as lesões e está aí para ser a segunda maior atleta do mundo. Uma brasileira”, concluiu.

Daniele Hypolito foi a primeira brasileira a ganhar medalha em mundiais, uma prata no solo em 2001; Daiane dos Santos foi a primeira campeã mundial; e Rebeca Andrade, a primeira medalhista olímpica.

A carreira da jovem começou no projeto social Iniciação Esportiva no Ginásio Bonifácio Cardoso, da Prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo. Desde cedo, seu esforço e determinação foram notados. A jovem caminhava uma hora a pé para frequentar os treinos. Ela também já passou por três cirurgias no joelho direito, entre os anos de 2015 a 2019, e por esse motivo ficou muito tempo afastada dos treinos. A atleta ficou conhecida como ‘Daianinha de Guarulhos’, em homenagem à Daiane dos Santos, vencedora de nove medalhas de ouro em campeonatos mundiais no solo, em 2003 e 2006. 

A estrela da ginástica americana Simone Biles, que esteve na arquibancada, se emocionou com a vitória de Rebeca. Biles não competiu desta vez para cuidar de sua saúde mental. Rebeca está entre os nomes de mais duas finais nas Olimpíadas de Tóquio: domingo (1) no salto e segunda-feira (2) no solo. 

Leia mais: Comitê olímpico pretende rever regras contra protestos antirracismo nos jogos

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