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Conheça os atletas negros (as) da Bahia que vão disputar as Paralimpíadas

Paralimpíadas de Tóquio iniciam na terça-feira (24); Brasil vai disputar com 253 atletas em 20 modalidades e a Bahia marca presença com sete atletas. Confira!

Texto: Dindara Ribeiro | Edição: Lenne Ferreira | Foto: Divulgação

A imagem está divida em três linhas com destaque para três atletas negros. Na primeira, uma imagem em perfil de Raíssa Rocha. Na segunda, em imagem frontal está Renê Pereira, que aparece sorrindo. Na terceira, também em imagem frontal, está Táscitha com expressão de exaustão

20 de agosto de 2021

Para quem acha que a emoção terminou com as Olimpíadas de Tóquio, as Paralimpíadas prometem reacender a euforia esportiva nos corações brasileiros. A partir da próxima terça-feira (24), 253 paratletas do país vão disputar em 20 das 22 modalidades dos jogos. Do total de competidores, sete são paratletas negros da Bahia.

Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a modalidade com maior número de atletas é o atletismo, que reúne 65 representantes. Pela Bahia, concorrem três mulheres negras: Raíssa Rocha, Táscitha Brito e Edneusa Santos. Vale ressaltar que o atletismo é a modalidade em que o Brasil mais conquistou medalhas nas Paralimpíadas: foram 40 de ouro, 61 de prata e 41 de bronze. Agora, a meta é se manter entre as dez principais potências do mundo.

A modalidade de Futebol de 5 será representada pelos baianos Jeferson Gonçalves, conhecido como Jefinho, e Gledson Barros, que são das cidades de Candeias e Salvador, respectivamente.

Já o Halterofilismo terá Evânio Rodrigues como representante da Bahia. Ele, que é natural da cidade de Cícero Dantas, é o único baiano entre seis atletas que vão disputar a medalha nas Paralimpíadas.

Leia também: Características genéticas dos negros são preferidas nos esportes, mas não garantem posições de liderança

O Remo traz Renê Pereira, que tem passagem pela natação e chegou a atuar como jogador de futebol em equipes de base da Bahia antes de ser diagnosticado com abscesso epidural, uma inflamação na região da espinha que levou a perda dos movimentos das pernas.

Conheça abaixo um pouco sobre cada atleta da Bahia que compete nas Paralimpíadas de Tóquio:

Modalidades

Atletismo

Raíssa Rocha (@raissarochamachadooficial)

RAISSA insideRaíssa Rocha (@raissarochamachadooficial)

Natural de Ibipeba, no norte da Bahia, Raíssa Rocha começou a praticar lançamento de dardo aos 12 anos e é um dos destaques das Paralimpíadas deste ano na categoria para cadeirantes na prova de lançamento de dardo. Em 2019, a atleta conquistou a medalha de bronze no Mundial de Dubai e, no mesmo ano, foi ouro no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru. Também foi prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto e prata na categoria no Mundial de Doha, no Catar, ambos em 2015.

Táscitha Oliveira (@parathlete_t36_tascithaoficial)

THASCITA siteTáscitha Oliveira (@parathlete_t36_tascithaoficial)

A história de Táscitha com o atletismo começou em 2012. A atleta, que é portadora da encefalopatia bilirrubínica, síndrome que causa sequelas neurológicas, nasceu em Salvador, e é a atleta recordista brasileira nas modalidades de 100 e 200m. Ao todo, Táscitha coleciona três medalhas: sendo bronze nos 100m no Mundial Dubai, em 2019, prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Lima (2019); prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto, em 2015.

Edneusa Santos (@edneusa_santos_santos)

EDNEUSA siteEdneusa Santos (@edneusa_santos_santos)

A soteropolitana Edneusa Santos vai competir nas Paralimpíadas por prova de maratona. Com 44 anos, Edneusa passou no atletismo aos 24 anos e, em 2012, passou a competir pelo atletismo paralímpico. Na estreia nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, se tornou a primeira medalhista paralímpica brasileira em maratonas. Na sua carreira atlética conquistou prata no Mundial de Maratonas de Londres (2019) e bronze na Maratona dos Jogos do Rio (2016).

Futebol de 5

Gledson Barros (@gledson.barros.7)

gledson insideGledson Barros (@gledson.barros.7)

Gledson da Paixão Barros é de Salvador e portador de deficiência visual desde os 6 anos de idade, quando teve uma atrofia no nervo óptico. Foi só quando passou a integrar o Instituto de Cegos da Bahia (ICB) que conheceu a modalidade do Futebol de 5. Aos 16 anos, foi convocado para a Seleção e agora vai disputar a segunda Paralimpíada. Foi bicampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Guadalajara 2011); ouro na Copa América 2019, em São Paulo; bicampeão Mundial em Madri (2018) e Japão (2014) e ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012.

Jeferson da Conceição, Jefinho (@jefinhofut5)

JEFINHOJeferson da Conceição, Jefinho (@jefinhofut5)

Conhecido como Jefinho, Jeferson da Conceição é natural de Candeias, cidade da região Metropolitana de Salvador, e começou a sua história no esporte na natação e no atletismo. Porém, foi no Futebol de 5 que encontrou a sua paixão, aos 12 anos de idade. Em 2010, Jefinho conquistou o título de melhor jogador do mundo. Será a quarta Paralimpíada disputada pelo atleta. Entre os principais destaques na carreira do jogador estão os títulos de Tetracampeão dos Jogos Parapan-Americanos de Lima (2019), Toronto (2015), Guadalajara (2011) e Rio (2007); Tricampeão dos Jogos Paralímpicos do Rio (2016), Londres (2012) e Pequim (2008) e Tricampeão Mundial de Madri (2018), Japão (2014) e Inglaterra (2010).

Halterofilismo

Evânio Rodrigues da Silva (@evaniodasilva)

EVANIO DA SILVA insideEvânio Rodrigues da Silva (@evaniodasilva)

Evânio Rodrigues é da cidade de Cícero Dantas e é o único baiano entre seis atletas que vão disputar a medalha nas Paralimpíadas. Começou a praticar halterofilismo em 2010, a convite de um amigo. Na modalidade, mais conhecida como levantamento de peso, Evânio compete pela categoria de até 88 quilos e acumula três medalhas de ouro pela Copa do Mundo da Nigéria, em 2020; pelos Jogos ParapanAmericanos de Lima, em 2019; e pelos Jogos ParapanAmericanos de Toronto, em 2015. Também foi prata na etapa de Tbilisi, na Geórgia, da Copa do Mundo 2021; prata por equipe no Mundial da modalidade no Cazaquistão em 2019; prata nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016; e bronze no Mundial da Cidade do México, em 2017.

Remo

Renê Pereira (@renepereiraremo)

RENÊ siteRenê Pereira (@renepereiraremo)

Competindo na categoria single skiff (PR1), Renê Pereira começou a praticar remo em 2012, depois de ter passado pela natação. O atleta, que é médico residente em Ortopedia, também chegou a atuar como jogador de futebol em equipes de base da Bahia e em outras modalidades esportivas antes de ser diagnosticado com abscesso epidural, uma inflamação na região da espinha que levou a perda dos movimentos das pernas. Natural da cidade de Itapetinga, no sul baiano, Renê tem como conquistas medalhas de Prata na etapa da Copa do Mundo de Remo de 2019 em Roterdã, na Holanda; ouro no Campeonato Mundial de Remo Indoor; em Boston (2017), nos Estados Unidos, (EUA); ouro na Regata Internacional de Gavirate (2015), na Itália; ouro no Campeonato Regional de Turim (2015), também na Itália; e prata no Mundial Indoor de Boston, em 2015.

Representantes por Estado e perfil dos atletas

As Paralimpíadas deste ano é considerada como a maior missão nacional em um evento fora do país. Em números de atletas por estados, São Paulo lidera com 61 representantes, seguido pelo Rio de Janeiro (25), Paraná (22) e Minas Gerais (20). A Bahia aparece na 9ª posição, com 9 atletas, e divide a colocação com Pernambuco, que tem o mesmo número de representantes. O Amapá, Sergipe, Roraima e Tocantins foram os estados que não convocaram atletas.

Em relação ao perfil dos representantes, 40% da equipe nacional é composta por mulheres. Ao todo, a delegação brasileira em Tóquio terá 95 atletas femininas, superando os 38% da meta estabelecida para as Paralimpíadas.

  • Dindara Paz

    Baiana, jornalista e graduanda no bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade (UFBA). Me interesso por temáticas raciais, de gênero, justiça, comportamento e curiosidades. Curto séries documentais, livros de 'true crime' e música.

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