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Conselho libera livre expressão de qualquer crença religiosa nos presídios

As principais mudanças incluem a criação de espaços físicos para ritos e a proibição de contribuições financeiras de presos à instituições religiosas
A imagem mostra as grades que cercam um presídio com uma placa e os dizeres “Atenção, área de segurança, mantenha-se afastado.”

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

30 de abril de 2024

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, modificou as orientações sobre o direito de pessoas privadas de liberdade manifestarem suas crenças. Entre as mudanças está a garantia de todas as práticas sem interferência do Estado e autorização da entrada de materiais de cunho religioso para estudo e aperfeiçoamento. As informações foram publicadas no Diário Oficial da União na segunda-feira (29).

Com as mudanças, passou a ser de responsabilidade dos presídios a busca ativa sobre a preferência religiosa do detento, além de assegurar que ritos de religiões de matriz africana, do islamismo, budismo e de demais crenças praticadas por estrangeiros e indígenas sejam respeitados. 

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As novas orientações ainda garantem a assistência, o aconselhamento, a oração, o estudo, as práticas litúrgicas e ritualísticas de natureza socioespiritual. As regras para a disponibilização, administração e a manutenção de espaço físico apropriado para práticas religiosas específicas também foram revistas. 

Com documentação oficial, instituições religiosas podem fazer doações às unidades prisionais e aos presos. O texto garante ainda o livre acesso de grupos religiosos a presídios, desde que a visita não seja para promover a conversão de presos.

Fica proibida a cobrança de contribuições financeiras às igrejas por parte dos privados de liberdade, a tentativa de conversão do detento a uma religião diferente da que ele professa e esforços para convencer o preso a adotar uma crença.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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