Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontam que mais de 90% das espécies de seres vivos no Brasil terão sua sobrevivência comprometida até 2100 pela perda de habitat causada pelo aquecimento global.
As informações são do artigo “Mudanças climáticas e biodiversidade no Brasil”, disponível na publicação Perspectives in Ecology and Conservation, que analisou projeções sobre todos os biomas do país, com 133 estudos analisados e somando projeções em mais de 20 mil cenários por espécie.
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De acordo com estudo, se a crise climática continuar no ritmo atual e sem que os países adotem medidas preventivas, cerca de um quarto (26%) das plantas, animais e outras espécies no Brasil estarão em risco de extinção até 2100.
Caso as medidas de corte de emissão de gases de efeito estufa previstas no Acordo de Paris sejam cumpridas, o aumento da temperatura global seria limitado a no máximo 2°C, o que resultaria na redução de 14% no número de espécies ameaçadas no Brasil, quase pela metade.
Segundo a pesquisa, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, a Amazônia poderá ter 25% de suas espécies em risco de extinção. As informações consideram apenas os efeitos da crise climática, sem levar em conta o impacto isolado de problemas como desmatamento e poluição.
A publicação indica que a situação é crítica no Pantanal, seguido pela Mata Atlântica e pela Amazônia. Em comparação com as espécies que podem ser beneficiadas pelo aquecimento, principalmente no Pampa, os demais biomas enfrentarão impactos negativos significativos.
O artigo busca respostas para a conservação da biodiversidade devido à política de mitigação para reduzir as emissões por fontes de gases de efeito estufa. Embora a adesão ao Acordo de Paris “não elimine os impactos das mudanças climáticas na biodiversidade, ela poderia prever e reduzir em 20%” os efeitos causados, aponta o documento.
Com informações do O Globo.