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De Norte a Sul, as iniciativas da sociedade civil para combater a crise do coronavírus

2 de abril de 2020

Distribuição de kits de higiene, de alimentos e até vídeos de atividades para as crianças estão entre as ações que têm mobilizado o país

Texto / Juca Guimarães I Edição / Simone Freire I Imagem / Terra Solidária (PA)

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O Brasil está se mostrando cada vez mais solidário no enfrentamento da crise causada pelo Covid-19, o novo coronavírus. Nos estados, ações da sociedade civil têm demonstrado serem efetivas e criativas neste período de quarentena.

Na cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul, uma corrente criada pelo Whatsapp está cadastrando pessoas que precisam de comida e, ao mesmo tempo, contatando possíveis doadores. A campanha se chama Armazém Solidário. A entrega das cestas é feita por voluntários.

No Rio de Janeiro diversas ações têm sido realizadas, principalmente nas favelas, para auxiliar as famílias em situação de vulnerabilidade. Entre elas, está a realizada pela ONG Rede Emancipa, que está recolhendo e distribuindo materiais de higiene nas favelas. Outra frente de ação é levar informações e orientações sobre a pandemia em Vila Isabel, Belford Roxo, Jacarepaguá, Realengo, entre outras regiões que sofreram com as enchentes, no mês de janeiro, e agora sofrem com a falta de água.

Na região oeste do país, em Minas Gerais, o casal Leila e Aloísio, de Poços de Caldas, está chamando a atenção. Eles estão gravando músicas e historinhas para divertir as crianças durante a quarentena. Os episódios estão no Spotify e em listas de Whatsapp. A iniciativa se chama Rádio Quarenteninha. A ideia é criar também uma campanha de doação para ajudar artistas e músicos que estão sem renda neste período de isolamento social.

Na capital do país, em Brasília, os pequenos agricultores e feirantes que trabalham com produtos orgânicos estão usando as suas redes para recolher produtos e alimentos para doação. A campanha também incentiva a compra e divulga o trabalho dos trabalhadores rurais pelo Whatsapp.

Já em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, os voluntários da Associação Sotrayorubá, seguindo as recomendações de segurança da Organização Mundial de Saúde (OMS), estão confeccionando 10 mil máscaras de proteção que estão sendo doadas para a Secretaria Municipal de Saúde.

Em Aracaju, Sergipe, o chef de cozinha Wesley Meirelles está fazendo sopa e distribuindo kits de higiene para a população em situação de rua. Também no Nordeste, desta vez em Salvador, Bahia, o coletivo EtniCidades desenvolveu o projeto interAGIRssa para mapear e impulsionar as ações de solidariedade nas periferias e nas favelas da cidade. A plataforma também identifica quais as áreas que mais precisam de ajuda.

Na região norte, em Belém, Pará, o projeto Tela Firme que já atuava em ações culturais e esportivas nas periferias da cidade, está organizando a arrecadação e distribuição de kits de higiene, além de orientar as pessoas sobre como funciona e pode ser a prevenção contra o vírus. A iniciativa chamada Terra Solidária tem apoio dos torcedores do time de futebol Remo.

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