Neste 13 de maio, data que marca os 133 anos da assinatura da Lei Áurea, uma manifestação na cidade de São Paulo reuniu militantes, artistas e lideranças políticas na Avenida Paulista, uma das mais famosas da capital. O protesto teve concentração no vão livre do Masp e os manifestantes seguiram em direção à Praça Roosevelt.
As palavras de ordem do ato nacional convocado pela Coalização Negra por Direitos são “Nem bala, nem fome, nem Covid. O povo negro quer viver!” e relembram as vidas perdidas para violência policial, a insegurança alimentar e a pandemia da Covid-19.
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“A manifestação foi convocada nacionalmente por solidariedade à chacina do Jacarezinho, que aconteceu na última semana. É também uma maneira de denunciar as várias formas de nos matar que o Estado brasileiro tem”, relata a co-vereadora Paula Nunes, da bancada feminista do PSOL-SP, em entrevista à Alma Preta Jornalismo durante o ato.
Ao lado do rapper Emicida, um dos fundadores do Movimento Negro Unificado (MNU), Milton Barbosa, vê a juventude que vai às ruas como uma reação à violência do estado. “É uma resposta à altura. Nós não podemos aceitar esse projeto de genocídio, com essa polícia que mata a juventude negra”, afirma Miltão, como é conhecido.
“Os negros sempre sustentaram e construíram o país, desde a eópoca da escravidão. Trouxeram conhecimento agrícola, medicinal, artístico e os brancos sempre montaram estratégias para nos explorar e dominar”, complementa o militante.
Os manifestantes presentes na manifestação também pediram o fim do governo de Jair Bolsonaro, principalmente em função da condução da pandemia da Covid-19, que já matou mais de 400 mil pessoas, enquanto a vacina caminha lentamente. Máscaras de proteção individual, como a PFF2, foram destribuídas pelas entidades organizadoras do protesto.
Confira também a série “O mito da Abolição”,produzida em parceria com o Yahoo Notícias.