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Denunciando racismo estrutural, ato contra pedido de prisão de DJ Rennan é marcado no RJ

27 de março de 2019

Ação acontece nesta quinta-feira (28) e tem as páginas FimDaUPP e DeixemAsFavelasEmPaz como articuladoras

Texto / Simone Freire
Imagem / Reprodução

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Um ato cultural contra o mandado de prisão emitido contra DJ Rennan da Penha, criador do Baile da Gaiola, um dos mais famosos do Rio de Janeiro, está marcado para esta quinta-feira (28), na Lapa, região central da cidade.

A iniciativa circula pela redes sociais e tem as páginas FimDaUPP e DeixemAsFavelasEmPaz como articuladoras. Segundo eles, os baile funks nas favelas do Rio são umas das poucas opções de lazer que restaram para os moradores de comunidade na cidade e a prisão do músico representa a nítida “tentativa de criminalização da cultura popular e do funk carioca, evidenciando, ainda, o racismo estrutural que permeia o nosso sistema de (in)justiça criminal”.

“O estado é incapaz de garantir saúde, educação e segurança para as pessoas e agora quer proibir os meios que esses mesmos moradores encontraram para driblar a falta de opções de lazer e a forte segregação social que acontece no restante da cidade. Por que toda atividade que é criada na periferia é taxada de criminosa ou ilegal pelo Estado?”, diz trecho do texto de chamamento para o ato.

Caso

Depois de ser absolvido em primeira instância, a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, emitiu um mandado de prisão contra DJ e mais dez pessoas, na quarta-feira (20).

Sua defesa chegou a apelar para o Supremo Tribunal Federal, mas a ministra Rosa Weber negou, na última quinta-feira (21), o pedido de habeas corpus impetrado.

A defesa do músico salientou discordar firmemente da decisão proferida pela Justiça do Rio, que condenou o músico por associação ao tráfico de drogas. A pena prevista é de seis anos e oito meses em regime fechado.

“DJ Rennan está sofrendo uma perseguição política por parte do Governo do RJ que mirou o Baile da Gaiola como alvo para cercear a cultura do funk oriunda das favelas do Rio. Portanto, não há qualquer prova de vínculo entre DJ Rennan e o crime”, pontua o texto de chamamento do ato.

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