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Dia nacional de conscientização discute desafios sobre as mudanças climáticas

Perda contínua das florestas representa uma ameaça direta para a biodiversidade
Famílias que vivem no município de Guaíba (RS) ficaram desabrigadas por conta de cheia, em setembro de 2023.

Famílias que vivem no município de Guaíba (RS) ficaram desabrigadas por conta de cheia, em setembro de 2023.

— Prefeitura de Guaíba / Divulgação

16 de março de 2024

Desde 2011, o dia 16 de março se tornou o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. A data foi idealizada para ampliar os eventos, debates e mobilizações sobre a importância de proteger os ecossistemas brasileiros.

Um levantamento da plataforma MapBiomas mostrou que, em 38 anos, o Brasil perdeu 15% de suas florestas naturais. Só os últimos cinco anos respondem por 11% dos 87,6 milhões de hectares de florestas naturais suprimidos entre 1985 e 2022. 

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Em janeiro de 2023, os dados do Monitor do Fogo da plataforma também apontaram um aumento de 248% nas queimadas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os três estados com maior área queimada ficam na Amazônia: Roraima, Pará e Amazonas.

Esses dados mostram uma situação preocupante, pois as florestas são importantes não apenas para manter o equilíbrio climático como também para proteger os serviços ecossistêmicos vitais para a sociedade e a economia. 

No estudo, Julia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas, ressalta que a perda contínua das florestas representa uma ameaça direta para a biodiversidade, a qualidade da água, a segurança alimentar e a regulação climática, que afeta especialmente às famílias que vivem em áreas de risco.

O crescimento dos incêndios florestais também agrava os índices de poluição do ar. O monóxido de carbono (CO), partículas de fuligem e elementos tóxicos presentes na fumaça geram uma série de efeitos negativos para o corpo humano. 

Apesar das cifras alarmantes, existem alguns hábitos que podem ajudar a reduzir e reverter os efeitos das mudanças climáticas, como o consumo consciente e a preferência por produtos e serviços mais sustentáveis. 

As comunidades quilombolas e as Terras Indígenas também são um exemplo de preservação ambiental, pois elas constituem os territórios mais preservados do Brasil. Por isso, proteger os territórios dos povos ancestrais, também é proteger toda a sociedade contra as mazelas das mudanças climáticas.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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