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Diretora da Federação Árabe-Palestina faz apelo contra desinformação 

Brasileira descendente de palestinos relata "limpeza étnica" feita pelos israelenses contra o povo palestino há 70 anos
Imagem mostra rua destruída e pessoas palestinas segurando seus pertences.

Foto: AFP

17 de outubro de 2023

A psicóloga social Ashjan Sadique Adi, diretora da Secretaria de Mulheres da Federação Árabe-Palestina do Brasil (FEPAL), enviou à Alma Preta um relato que expõe a importância de entender o histórico acerca do atual conflito entre Palestina e Israel.

Filha de pais palestinos que imigraram para o Mato Grosso do Sul, Ashjan destaca que o povo palestino é alvo de uma “limpeza étnica” promovida pelas forças israelenses desde a fundação do Estado de Israel, em 1948.

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“As pessoas vêm perguntando: Por que esse terrorismo palestino contra Israel? Bom, quem faz essa pergunta, e muitos a fazem, não conhecem, não conhecem a história palestina. Essa contraofensiva, esse contra-ataque aconteceu, acontece, porque há 75 anos os palestinos passam por um processo de colonização, de extermínio, de Apartheid, de limpeza étnica, de genocídio. Cotidianamente os palestinos são vítimas de torturas, de prisões, de destruição de nossas casas, de destruição de nossas oliveiras, que são a subsistência dos palestinos”, inicia a descendente de palestinos.

“Pedimos para que as pessoas entendam que o mundo precisa escutar o grito palestino, escutar o pedido de socorro, o choro das crianças palestinas e precisam punir Israel. O tribunal penal internacional, a ONU, a Comunidade Internacional, os povos precisam exigir a punição de Israel”, continua Ashjan.

A diretora se refere aos inúmeros massacres contra a Palestina que Israel acumula. Diferente do que muitos brasileiros têm acreditado, o conflito não começou com o ataque do grupo Hamas em 7 de outubro. Contudo, a violência contra civis é o ataque mais letal desde o início da colonização sionista-israelense da Palestina no final do século 19.

Somente dessa forma, os palestinos conseguiram retomar pela primeira vez o território expropriado pelos israelenses.

“Nós estamos cansados de ser atacados, humilhados, presos e mortos. Estamos cansados do silêncio do mundo contra toda essa violência promovida por Israel aos palestinos. Israel sempre nos ataca historicamente, agora foi atacado. Então, vem esses choros, essas lágrimas de crocodilo e o mundo se comove. Pare de se comover com a morte do opressor”, diz Ashjan.

A descendente de palestinos conclui seu desabafo com um pedido contra a desinformação.

“Entenda a luta Palestina. Os palestinos são desumanizados por Israel a sete décadas, então, humanize seu olhar sobre a Palestina, sobre os palestinos. Não compartilhe coisas que você desconhece, e ajude o povo palestino a se libertar. A nossa única solução é a soberania do Estado palestino e sua autodeterminação. Que Israel cumpra com as resoluções da ONU, que são totalmente desrespeitadas e eles continuam suas ocupações, assentamentos ilegais e violações. Apoie a Palestina, apoie a luta do Palestino”.

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