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Durante a ditadura, 41 lideranças negras foram assassinadas ou desaparecidas

31 de março de 2019

Comissão da Verdade de São Paulo mostra que a repressão durante o regime não se restringiu a setores brancos, urbanos e de classe média; Informações foram obtidas pelo Uol, a partir de pesquisa da equipe de reportagem nos documentos do Arquivo Nacional

Texto / Pedro Borges
Imagem / Divulgação

A ditadura militar (1964-1985) assassinou ou sumiu com 41 lideranças do movimento negro brasileiro, segundo informações da Comissão da Verdade de São Paulo. Informações, obtidas pela equipe de reportagem do Uol no Arquivo Nacional, apontam registros de perseguição à luta antirracista até 1981, quatro anos antes do fim do regime.

A ditadura, que se iniciou no país há 55 anos, tem o primeiro marco de espionagem do movimento negro em 7 de Fevereiro de 1975, com um documento enviado pelo Exército brasileiro ao Serviço Nacional de Informações (SNI) e ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) com a notícia de um grupo de jovens negros no Rio de Janeiro com “nível intelectual acima da média” tinham o objetivo de “criar clima de luta racial entre brancos e pretos”.

As espionagens seguiram e em 25 de Julho de 1978 o SNI assina um documento em que o órgão passou a olhar com mais cuidado “ações culturais” no Rio de Janeiro e em São Paulo. Um dos movimentos com pessoas infiltradas foi o Movimento Negro Unificado (MNU), criado em 1978.

A repressão a lideranças negras e ao movimento causou a morte e o desaparecimento de nomes importantes na política brasileira, como Carlos Marighella, Helenira Rezende de Souza, Osvaldo Orlando da Costa, conhecido como “Osvaldão”, entre outros.

Os documentos apontam para a inspiração do movimento negro brasileiro para as lutas pelos direitos civis nos EUA e pela libertação dos países no continente africano.

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