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“É mais um caso de racismo e perseguição aos pretos no Brasil”, afirmam ativistas

24 de janeiro de 2017

Texto: Pedro Borges / Imagem: Reprodução/Facebook

Ato acontece no dia que marca o aniversário de São Paulo

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No dia 25 de janeiro, ativistas do movimento negro, familiares e amigos protestam contra a prisão de Wilson Alberto Rosa, homem negro preso por motivações racistas, de acordo com os organizadores. O ato tem início às 11h e acontece em frente ao metrô Brigadeiro, na Avenida Paulista.

A Ponte Jornalismo apurou que Wilson Rosa foi preso, na manhã do dia 13 de janeiro, sob a acusação de ter roubado um aparelho celular e um tablet, em agosto do ano passado. A detenção aconteceu no cruzamento das avenidas República do Libano e Ibirapuera, onde o vendedor ambulante costumava trabalhar.

Depois de ser intimado por um policial e levado para a delegacia, uma mulher teria reconhecido e apontado Wilson como o autor do crime. Mesmo sem localizar nenhum dos aparelhos, Wilson foi preso “por roubo mediante ameaça e uso de violência contra a vítima”, como prevê o artigo 157.

A União dos Coletivos Pan-africanistas (UCPA) acompanha o caso e explica em que momento está a investigação. “Wilson Rosa está sendo assistido por um advogado amigo da família. Ele percebe que as autoridades estão tratando esse caso de maneira muito particular. Wilson foi acusado de furtar um celular, mesmo que nenhum aparelho tenha sido encontrado com ele”.

Para a organizaão do movimento negro, a prisão de Wilson está permeada pelo racismo. “Sem dúvidas. É mais um caso de racismo e perseguição aos pretos no Brasil. Wilson foi preso em flagrante, sem provas, somente com o reconhecimento de uma suposta vítima”.

De acordo com as informações da Ponte Jornalismo, Wilson mora no Jardim Herplin, extremo sul de São Paulo, tem esposa e mais três filhos, de 5, 11 e 13 anos. Wilson trabalha como vendedor ambulante desde os seis anos de idade e atua, desde 2013, no cruzamento onde foi preso.

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