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Educadores formados em pedagogia intercultural indígena vão atuar em aldeias no Ceará

Segundo Inep, apenas 2% das escolas oferecem educação indígena
Imagem mostra a fachada da Escola Indígena Tremembé de Queimadas.

Foto: Escola Indígena Tremembé de Queimadas

10 de janeiro de 2024

Um total de 66 educadores finalizaram o curso “Cuiambá Pedagogia Intercultural Indígena Magistério Tremembé” oferecido pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) em Sobral, Ceará. Os profissionais vão atuar em nove escolas nas aldeias Tremembé, nos municípios de Itarema e Acaraú.

Cuiambá é o nome dado a um suporte, feito da cuia da cabaça, no qual os Tremembé consomem o mocororó, bebida ritual feita do caju. A iniciativa visa fortalecer tópicos como a demarcação de terras, além da possibilidade de uma educação diversificada.

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Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), das 178,3 mil escolas de ensino básico, 3.541 (1,9%) estão localizadas em terra indígena e ministram conteúdos específicos e diferenciados, de acordo com aspectos etnoculturais. Apenas 2% oferecem educação indígena por meio das redes de ensino.

O curso é disponibilizado através do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), em colaboração com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

Em nota, a organização salientou que “a formação de professores indígenas, habilitados como pedagogos interculturais, tem fortalecido saberes tradicionais e valorizado profissionais que estão em sala de aula”.

O projeto também tem como parceiros o Conselho Indígena Tremembé de Almofala, as secretarias de Educação do Ceará e de Itarema e a Igreja Metodista do Brasil. 

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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