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Empresários negros promovem atletas africanos no futebol brasileiro

Atletas da Nigéria, Congo, Angola e Burkina Faso já vieram jogar em clubes brasileiros
A imagem mostra o jogador camaronês Blaise Tsague comemorando um gol. O jogador passou pelo futebol brasileiro.

Foto: Reynesson Damasceno/Real

2 de março de 2024

O futebol brasileiro revela atletas de alta qualidade todos os anos e os exporta para grandes times europeus. Mas o empresário, presidente da Comissão de Direito Desportivo e Cultura da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e agente desportivo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Guilherme Coelho, está na contramão das transações internacionais ao trazer jogadores africanos para o esporte no Brasil.

Há cerca de 15 anos, Coelho e seu sócio, o camaronês Wanda Tatchou Augustin, desenvolvem um trabalho de articulação de jogadores africanos para o futebol brasileiro. Jogadores de países como Camarões, Nigéria, República do Congo e Burkina Faso já vieram jogar em clubes do Brasil.

Por ter jogado como profissional e ter encerrado a carreira precocemente, o empresário Guilherme Coelho optou por se manter na área esportiva e formou-se advogado, com especialização em direito desportivo.

“A gente quer oportunizar a mudança de vida para jogadores com grande potencial para o futebol. Aqui no Brasil temos a oportunidade de alavancar a carreira esportiva e quem sabe chegar na Europa após competir em campeonatos com mais condições”, diz o advogado.

A imagem mostra o empresário Guilherme Coelho e seu sócio Wanda Cinoncelli
Acervo pessoal

Em Brasília (DF), por exemplo, o Planaltina Esporte Clube, um time da segunda divisão do Distrito Federal, recebe entre três e cinco jogadores africanos por temporada.  

O meia atacante nigeriano Chimaobi Emmanuel Obi, chegou ao Planaltina em 2018. O jogador deixou sua família em seu país natal e veio para o Brasil em busca de um sonho: viver do futebol.

Em entrevista à Agência CEUB, o jogador falou sobre o idioma ser uma das maiores dificuldades de jogar no Brasil, mas reforçou que a ajuda do então técnico foi fundamental para a adaptação no país.

“Estou gostando da experiência. O treinador é muito inteligente. Trabalhou muitos anos na Costa Rica. Eu acredito que aprendo mais aqui. Há muita disciplina. Eles me dão o suporte que preciso”, disse o meio campista.

Do Brasil para o mundo

O atacante Blaise Tsague, de 23 anos, foi anunciado em 2023 como reforço do Planaltina Esporte Clube por empréstimo do Fujairah Club, da Segunda Divisão dos Emirados Árabes Unidos. O clube já foi treinado por Diego Maradona, entre 2017 e 2018.

O jogador, que passou pelo Figueirense, de Roraima, foi campeão da segunda divisão do Campeonato Baiano pelo Itabuna-BA em 2022, com quatro gols em 12 partidas disputadas. Em março de 2023, após sete partidas na primeira divisão baiana, o atacante assinou, também por empréstimo, com o Real-RR.

Coelho contou à Alma Preta que em 2025 levará olheiros e agentes de grandes clubes brasileiro para assistir ao torneio que está organizando em Camarões. A intenção do agente é que esses jogadores sejam vistos e trazidos para o Brasil.

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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